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HERANÇA

Nós que ficamos temos dura lição, continuarmos aqueles que admirávamos. Não temos a universalidade de visão, apreendemos tão pouco, tampouco nos sentimos fiéis continuadores. Enquanto o tempo nos engana, nos fazemos distraídos traídos de nós mesmos que seguimos a esmo. Vai chegando o dia em que sobressai a osmose que se sedimentou de tudo que vimos e fizemos Nesta hora aflora o verso, inverso reconhecimento, unguento das feridas vida a fora Todas as reações: 1 Newton Nunes
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DORES AUSENTES

Ninguém conhece minha dor. Meus olhos treinaram alegria, consegui esconder meus sofrimentos. Todos me veem alegre, divertem-se comigo, não sabem o que guardo. Cada um com sua dores mudas... Vem um dia, vai outro, assim vão seguindo dias sem fim, enquanto celebro, silenciosamente, alegres ausências. Todas as reações: 12 Eliana Ada Gasparini, Vanderli Tiberio e outras 10 pessoas

VESTÍGIO

  Não passa... o tempo segue seu curso. Para muitos passa, porque o passado apaga tudo. Se sorrio enquanto choro, o quê importa para as pessoas que desconhecem, não veem, não sentem. Quando entardece, sou jogado contra mim, afloram grandes distâncias.

NUVENS BRANCAS

Nuvens brancas  passeiam lentas,  quase descansam  no manto azul,  parecem fotos. Convidam  à paciência,  à paz.  Não se evaporam  rapidamente  diante do Sol,  disfarçam suas fragilidades. São esperança de durabilidade.  Cientes de si,  desdenham  as avenidas congestionadas,  as mentiras  nas redes sociais. Passam isentas,  seguem  não sei para onde,  não é necessário acompanhar.  De alguma forma  desaparecem  sem que se sinta falta. Sou uma pequena  nuvenzinha a observar  tudo embaixo.  Hoje aqui,  amanhã,   sabe-se lá...

COMPOR

 Cl Onde você entra  nessa história? Entra quando  nos encontramos. Assim você  faz parte de mim,  encontro sem fim. Onde entro nessa história? Quando você me muda, e silencio  mudo. Não fazemos parte, somos um todo!

TRADUÇÃO

  Meus sentimentos não tem palavras, não se traduzem, por mais que tente explicá-los. Invadem minha lógica com desdém, fina ironia à superficialidade da grafia. Observo esta constante falta de entendimento, submersa e, fazer o quê, sigo em percurso arqueológico, decifrando o significado das coisas. Estou perdendo a lucidez? Já a perdi há tempos... não sei se vivo mais dentro, na ideia, do que fora, no real. Me confundo todo, puro engodo de mim mesmo.

SOTURNO

  Meus pensamentos despertam  muito antes de mim,  observam a linguagem da noite. Meus sentimentos sequer dormem,  passeiam livres... repensam o passado,  ora adentrando campos proibidos  controlados pelo tempo, ora recordando  arestas petrificadas,  sempre vêm à tona,  em repetidas correções, martelam... Olho-os criticamente  enquanto observam  e passeiam  no repouso. Não durmo mais... noite de mim. O tempo não perdoa os passos... Meus sonhos são raros,  trazem enigmas longínquos. Desperto,  vivo a decifrá-los