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CONFRATERNIZAÇÃO

Quero portas abertas, sorrisos largos,  abraços íntimos. Quero o encontro  da palavra  com a carne,  a expressão completa  que nos torna um. Quero o fim  dos rótulos,  as imensas ausências,  partidas sem encontros. Que a noite se despeça  e o dia avance  sem sobressaltos  dos sonhos  com as realidades,  e possamos  nos confraternizar  com tudo,  finalmente
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INEXORÁVEL

  Passou o tempo  e esqueceste  que os prados  ainda te aguardam  para mostrar  a incerteza dos ventos,  a invisibilidade do ser.... Estavas às portas  dos grandes umbrais  e não bateste! Como queres agora  apoderar-se das vitórias? O caminho  é pleno de incertezas,  temos que ir  averiguando tudo  tirando lições... Não venhas  com arroubos tardios,  que não preenchem vazios.  A vida é um constante desafio,  e só os fortes vencem. Bata a porta! Bata!

SE ME FALTAM PALAVRAS

  Se me faltam palavras,  então os fatos  falam mais alto,  ainda recolhem elementos... Também consideram  as oportunidades,  a surdez nos emudece. Tenho ainda  palavras prontas  sem ouvintes,  aguardam a virada  do tempo. Olho o horizonte,  me pergunto  se trago algo novo,  ainda guardo a pepita  que areja ambientes,  luzidia. Neste meio tempo,  transito entre afazeres  supérfluos,  questionando  suas extemporaneidades. Persegue-me  um ser completo,  que nunca se realiza...

INCONTIDO

  Não me contenho,  sou um aluvião permanente,  cheio de monções e vazantes. Expilo substratos indesejáveis  deste fim dos tempos,  como alívio alvejante,  e absorvo desejos  tecnológicos de IA,  que nenhum profeta sonharia. Não sei  se me entro,  ou me saio Extravaso milhares  de símbolos inúteis  e disperso o dia  em rotinas viciantes,  revoltado. Adquiro álibis  para tantas obviedades,  que ao final do dia  mal me encontro,  me identifico. Sinto-me no limiar do nada,  entre imaginações  fortuitas,  e um germe  que não rompe invólucros,  insiste em permanecer ali, latente.

SE ME DEIXARES ENTRAR. (prólogo do mistério)

  Se você deixar eu entrar,  quem sabe o que poderá ocorrer? Não peço muito,  apenas um abaixar a guarda,  um deixar fluir. Somos mansos,  e sofremos neste mundo,  por isso,   gritamos,  choramos,  sendo fortes  e ao mesmo tempo,  frágeis. O Sol vem todos os dias,  não pede licença,  simplesmente vem. Anoitece,  e cansados  tantas vezes  desprezamos a Lua. O mar está sempre à espera,  nas praias,  quer mostrar  sua grande distância,  à perder de vista,  e perdermo-nos junto a ele  nas imensidões. Tudo passa ao largo,  desapercebido,  se não me deixas entrar. Tenho amor profundo,  você nem desconfia.  Quero lançar-te  nos montes mais elevados  onde possas contemplar  a mais íntima observação,  despertar teus sonhos seculares,  já se transformaram em mantras,  para não se apagarem. Ando contigo  na mais completa distração...

PROCURO SAÍDAS

Procuro saídas  para meu coração. Ninguém conhece  suas grandes prisões,  nem onde  estão enterradas  suas partes... nunca morrem,  interrogam. Há ali um braseiro  sob as cinzas do tempo,  preservam-se  no inevitável passar... O portão que dá à rua,  preso a arames,  e o desafio dos nós,  demarca  educação e comunidade,  assim cresci. Livros abrem-se e fecham  nas brechas do cotidiano, convidam a repensar sempre,  a mesa e o mundo lá fora... Braseiro oculto dos erros,  becos dos retornos...  neles deposito  velhas ansiedades  que ainda fumegam,  espocam.  A alegre  dependência  da infância,  descobertas diárias,  semore novas. Ah...estes olhos  experientes  como doem  ao ensinar,  ao aprender, preferia a ingênua  estrada do belo,  natural,  inconsciente. Assim vou,  repartido  nesta somatória  desconexa  ...

INSERIDO

  Estrelinhas saíam  de meus olhos,  viajavam  até encontrarem lar.  A boca  amargava  conforme  segurava  momentos,   media,  desaguava. Depois,  vinha um rio,  onde as palavras  se deleitavam,  casavam,  febris, em oceano  profundo. Construíam o planeta. A realidade  mesclava  dor e sonhos. Os pés  sobre o chão duro  tinham o impacto  de lençóis nos varais  em dias de Sol,  conectavam terra e vento,  eu no mastro. Era preciso  repor a vontade  sobre a ordem,  dar espaço  às descobertas noturnas  antes que tudo voltasse  a ser pedra e pó.  Por isso  o tempo,  a velha  maturação  curtida,  diariamente,  por fora  dos significados,  criando... Observo,  pela manhã  a superfície  do mar,  em busca  de um fino  tapete,  onde guarda  meus sonhos. Faç...