Pular para o conteúdo principal

Dilma recebe apoio do PMDB e afirma: "Vai ter Copa!"

10 de junho de 2014 - 17h31 


“Vai ter Copa, sim!”, disse a presidenta Dilma Rousseff logo que pegou o microfone para agradecer a aliança com o PT aprovada na Convenção Nacional do PMDB, nesta terça-feira (10), que aconteceu no auditório Petrônio Portela do Senado. Em resposta, ouviu os gritos da Juventude do PMDB: “Vai ter Copa/ Vai ter tudo/ Só não vai ter/ Segundo turno”. 


PMDB aprova apoio à presidenta Dilma Rousseff nas eleições, reeditando a chapa com o vice-presidente Michel Temer.PMDB aprova apoio à presidenta Dilma Rousseff nas eleições, reeditando a chapa com o vice-presidente Michel Temer.
Com 398 ou 59,1% de votos favoráveis, os convencionais do PMDB aprovaram, em votação secreta, durante todo o dia, a chapa PMDB-PT, com Michel Temer vice-presidente; 275 ou 40,9% dos convencionais votaram contra a aliança. Ao todos são 512 convencionais.

No final de tarde, já apurados os votos, o vice-presidente Michel Temer voltou ao auditório para ouvir a proclamação do resultado. Em seguida chegou a presidenta Dilma Rousseff, que foi recepcionada com gritos, aplausos e palavras de ordem.

Apesar de dizer que leria o seu discurso, porque o tinha preparado com carinho e cuidado, para não esquecer nada, a presidenta pontuou sua fala com tiradas que deram ao evento um ar descontraído.

Ao elogiar a parceria com Michel Temer no governo e manifestar a certeza de nova vitória nas eleições deste ano, ela disse ao seu vice: “Eu vou continuar elogiando você, não adianta ficar vermelho”. E para a plateia: “Ele fica vermelho sempre que a gente o elogia”.

Os discursos mais sérios ocorreram ao longo do dia. Enquanto havia a votação, oradores se revezavam no microfone para discursar. Alguns se posicionaram frontalmente contra a aliança, mas foram vencidos pela maioria.

Segundo Temer, o resultado da votação não tem “vencedores e nem vencidos porque, a partir de agora, apesar das divergências, vamos construir a unidade do PMDB”, manifestando o desejo de ampliar a bancada federal e a participação do partido no governo. “Não seremos aliados, seremos governo”, disse.

Citando uma a uma as lideranças do partido e destacando sempre a militância, a presidenta Dilma falou sobre a colaboração do PMDB no governo – com o vice-presidente e vários ministros – e no Congresso – com o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL) e o presidente da Câmara, Henrique Alves (RN), na aprovação de matérias de interesse do governo. Para a próxima eleição, ela disse que a parceria, com um grande partido como o PMDB, é importante para avançar nas mudanças.

Unidade do Partido

O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), ressaltou a importância da manutenção da chapa Temer-Dilma e da coerência do partido. “Quero falar apenas com a autoridade, não de presidente da Câmara, mas com a autoridade de quem, desde os 20 anos segura a bandeira do partido. O PMDB é uma legenda que sempre teve uma divisão democrática das bancadas. Mas essa divisão jamais ameaçou a coerência, a unidade do partido”, afirmou.

Henrique, que no Rio Grande do Norte é pré-candidato ao governo estadual, defendeu a reedição da chapa Temer-Dilma independentemente das realidades locais. “No estado temos claras divergências com o PT estadual. Lá o PT não nos apoia, no entanto, eu jamais colocaria minha história à frente da história do PMDB. Minha luta não pode ser sua derrota. Vou votar pela força, pelo passado e pelo futuro: Michel Temer para vice-presidente da República”, disse.

Parceria útil 
O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), que presidiu a convenção, desde a sua abertura, no período da manhã, até o encerramento, às 17 horas, classificou a aliança entre PMDB e PT como uma "parceria útil para o país".

Ao analisar o atual cenário político e a importância do papel desempenhado pelo PMDB no desenvolvimento do país, Raupp disse que o Brasil vive um momento de grande esperança, com uma inclusão social sem precedentes. “Os que antes eram excluídos, hoje estão incluídos em uma grande classe média. Uma realidade que o PMDB ajudou a fortalecer nos últimos anos. Nosso partido apoiou cada etapa da fase desenvolvimentista do Brasil. Garantimos a governabilidade do Executivo, especialmente as ações em prol da saúde e da educação. O PMDB tem se emanado na consolidação da democracia ao apoiar votações importantes como a lei que destina royalties do petróleo para educação”, lembrou.

De acordo com Raupp, para seguir contribuindo com o crescimento do país é preciso que o partido reflita sobre um projeto de desenvolvimento social. “Convocamos a militância, os integrantes dos núcleos do nosso partido, vereadores, prefeitos e parlamentares a participarem da concepção das propostas que irão compor o programa de governo a ser apresentado pelo PMDB ao PT. O documento será incluído no programa da chapa PMDB-PT”, disse.

Entre os projetos apresentados pelo PMDB está a adoção de uma escola integral para todas as crianças até 10 anos, a destinação de 10% da renda pública para a saúde, a ampliação da logística de infraestrutura para diminuir o preço dos produtos brasileiros nos mercados externo e interno. O rol de propostas inclui ainda uma reforma política ampla compatível com as aspirações populares.

Sobre o pleito de 2014, Raupp destacou que o PMDB, já com o maior número de prefeitos, vice-prefeito e vereadores, deve ter este ano cerca de 20 candidatos aos governos estaduais. “O PMDB terá candidatos em todos os estados. Essa grande caminhada começa agora com esta Convenção. Viva o PMDB!”, comemorou.

De Brasília
Márcia Xavier 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Soneto de Dom Pedro Casaldáliga

Será uma paz armada, amigos, Será uma vida inteira este combate; Porque a cratera da ... carne só se cala Quando a morte fizer calar seus braseiros. Sem fogo no lar e com o sonho mudo, Sem filhos nos joelhos a quem beijar, Sentireis o gelo a cercar-vos E, muitas vezes, sereis beijados pela solidão. Não deveis ter um coração sem núpcias Deveis amar tudo, todos, todas Como discípulos D'Aquele que amou primeiro. Perdida para o Reino e conquistada, Será uma paz tão livre quanto armada, Será o Amor amado a corpo inteiro. Dom Pedro Casaldáliga

UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO

 Acabo de vir do Largo de Pinheiro. Ali, na Igreja de Nossa Senhora de M Montserrat, atravessa  a Cardeal Arcoverde que vai até a Rebouças,  na altura do Shopping Eldorado.   Bem, logo na esquina da igreja com a Cardeal,  hoje, 15/03/2024, um caminhão atropelou e matou um entregador de pão, de bike, que trabalhava numa padaria da região.  Ó corpo ficou estendido no chão,  coberto com uma manta de alumínio.   Um frentista do posto com quem conversei alegou que estes entregadores são muito abusados e que atravessam na frente dos carros,  arriscando-se diariamente. Perguntei-lhe, porque correm tanto? Logo alguém respondeu que eles tem um horário apertado para cumprir. Imagino como deve estar a cabeça do caminhoneiro, independente dele estar certo ou errado. Ele certamente deve estar sentindo -se angustiado.  E a vítima fatal, um jovem de uns 25 anos, trabalhador, dedicado,  talvez casado e com filhos. Como qualquer entregador, não tem direito algum.  Esta é minha cidade...esse o meu povo

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod