O amanhã não aguarda o hoje, esquecido do ontem. Caminho como quem não se sabe e segue ermo. O que guardarei de mim, de você, de nós? O que sei de mim, que permanece? Um dia após outro se esvai desatento... Já fui neto, já fui filho, sou pai e avô. Hoje, uma somatória de tempos, apesar da idade, traz este esquecimento tão usual e constante. Oh, condição humana, lembrar-me-ei de Deus quando me for para o maior esquecimento de todos? Ou despertarei atento a tudo? Lembrar-me-á a eternidade deste frágil adormecer constante?
o cotidiano contado e meditado