Que o amor seja
o do amanhã,
mais do que
do hoje,
ainda que seja
o mesmo.
Possa eu dizer
um "te amo"
que ultrapasse
mantras,
ressoe
novas formas,
sem perder
o agora.
Amo-te
num multiforme
infinito,
mais descoberto,
do que amado.
Basta o gozo
do agora,
e os méritos
dos que vem
de fora.
Deixe enlaçarem-se
as línguas do tempo,
vaginas de eras inteiras,
enquanto abraçam
novas formas,
escondidas
desde antes,
quando se realizaram.
Por hora,
entrega-me
teu ser inteiro
para eu inteiro,
e sejam depois,
escavações
intermináveis.
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