Guardo minhas dores,
não as exponho,
sigo com elas
esta travessia.
As pessoas
não as resolveriam,
inútil contar,
compreenderiam?
Não as curam...
Dores nas vísceras,
articulações,
dores de todo tipo,
de falta de gente,
mais tardios cansaços,
sinalizam um poente...
Os caminhos
sem saida
ainda ecoam,
lançam arrependimentos
e tristezas
de antigos becos
inconscientes,
escondidos no passado.
Refletem nos olhos
que a tudo desvendam
em suas inutilidades,
às poucas vozes,
econômicas,
de convencimento,
na falsa estrutura
que nos ocupa
integralmente.
Dor completa,
não compartilhada.
Este silêncio
que tem fome,
e não come;
sede,
e não bebe;
sono,
e não dorme,
aumenta o tamanho
da dor.
Silêncio medido
de energia declinante...
A esperança
de que tudo
pode ser melhor,
faz vicejar
este disfarce
que atravessa o tempo.
Por isso sigo calado,
com minhas dores.
Comentários
Postar um comentário