O poeta canta
e espera,
depois chora.
Acredita sempre no verso,
como uma meia crença,
criança perdida
em meio ao mundo.
Plantei uma primavera amarela
no canto da casa
e já a vejo dar flores
do outro lado do muro
O poeta é um ser só,
canta para si mesmo,
prepara o terreno
e se diverte,
eco interno,
poucos gostam.
O poeta é um
palhaço mudo
que escreve,
cego que vê,
antevê
Perdido no tempo
vive a temporalidade,
quem se importa?
O poeta está sempre
abrindo as portas
e alertando.
Gosta de despertar a inconsciência...
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