Pular para o conteúdo principal

Calor em Sampa está insuportável, e o povo está nas ruas

O verão está dando mostras de como virá: muito quente e com chuvas torrenciais.

Não existem mais explicações dos ambientalistas, tão acostumados a nos acusarem de toda esta transformação na natureza.

Ora, eles são igualmente responsáveis por toda esta desordem.

São mesmo bucólicos e trovadorescos, pois não os vejo nem perto do modernismo, quanto mais desta pos-contemporaneidade em que vivemos.

O povo está nos bares, restaurantes, refrescando-se e trocando amabilidades neste fim de ano.

Tudo vai sendo "perdoado", protelado: os inimigos suspensos temporariamente de seus confrontos, os endividados em trégua para cobranças posteriores, os projetos reafirmados como fé, os encontros como se fossem de irmandades religiosas, enfim há um lambe lambe que eu desejaria que fosse mais verdadeiro e frequente.

É como se estivesse acontecendo um Jubileu, daqueles proposto por Deus no Antigo Testamento e que não ocorreu, tipo de perdão amplo que permeia a toda a sociedade.

As pessoas parecem ser mais fraternas, posto que é data comemorativa do nascimento de Jesus Cristo.

Lógico que o assaltante continua assaltando, o adúltero adulterando, o mentiroso trapaceando, enfim os ilícitos todos continuam normais; porém, parece que prevalece o bem.

Têm-se a impressão que uma névoa de paz e entendimento se sobrepõe ao mal, que se encolhe envergonhado.

Os pobres são lembrados, eles que são colocados de lado durante o ano inteiro.

É mesmo incrível este espírito que toma conta de todos e tudo.

Gostaria de viver de Natal, num eterno nascer de Jesus, numa confraternização interminável, de refeições comuns e esquecimento dos males.

Ah, Jesus!  Nasça todo dia neste teu povo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Soneto de Dom Pedro Casaldáliga

Será uma paz armada, amigos, Será uma vida inteira este combate; Porque a cratera da ... carne só se cala Quando a morte fizer calar seus braseiros. Sem fogo no lar e com o sonho mudo, Sem filhos nos joelhos a quem beijar, Sentireis o gelo a cercar-vos E, muitas vezes, sereis beijados pela solidão. Não deveis ter um coração sem núpcias Deveis amar tudo, todos, todas Como discípulos D'Aquele que amou primeiro. Perdida para o Reino e conquistada, Será uma paz tão livre quanto armada, Será o Amor amado a corpo inteiro. Dom Pedro Casaldáliga

UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO

 Acabo de vir do Largo de Pinheiro. Ali, na Igreja de Nossa Senhora de M Montserrat, atravessa  a Cardeal Arcoverde que vai até a Rebouças,  na altura do Shopping Eldorado.   Bem, logo na esquina da igreja com a Cardeal,  hoje, 15/03/2024, um caminhão atropelou e matou um entregador de pão, de bike, que trabalhava numa padaria da região.  Ó corpo ficou estendido no chão,  coberto com uma manta de alumínio.   Um frentista do posto com quem conversei alegou que estes entregadores são muito abusados e que atravessam na frente dos carros,  arriscando-se diariamente. Perguntei-lhe, porque correm tanto? Logo alguém respondeu que eles tem um horário apertado para cumprir. Imagino como deve estar a cabeça do caminhoneiro, independente dele estar certo ou errado. Ele certamente deve estar sentindo -se angustiado.  E a vítima fatal, um jovem de uns 25 anos, trabalhador, dedicado,  talvez casado e com filhos. Como qualquer entregador, não tem direito algum.  Esta é minha cidade...esse o meu povo

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod