Pular para o conteúdo principal

China: primeiro sacerdote ordenado depois de 60 anos


Consagrada a nova Igreja da diocese de Hai Nan

Terça-feira, 22 de maio de 2012 (ZENIT.org) - A diocese de Hai Nan, formada por uma pequena ilha do sudeste da China, celebrou dois acontecimentos memoráveis em 17 de maio, solenidade da Ascensão: a nova igreja dedicada ao Sagrado Coração de Jesus foi consagrada e, sessenta anos depois da última ordenação, finalmente foi ordenado um novo sacerdote.

Segundo a agência Fides, mais de 600 fiéis assistiram à celebração presidida por dom Gan Jun Qiu, bispo de Guang Zhou, e concelebrada por outros bispos e cerca de sessenta sacerdotes.
Um vínculo especial une o novo sacerdote, Don Zhang, com a nova igreja: sendo seminarista em He Bei, Zhang foi enviado à diocese de Hai Nan para realizar as suas práticas pastorais antes da ordenação. Em Hai Nan, as autoridades locais doaram um terreno à comunidade católica e o pároco pediu ao bispo de Tang Shan, diocese de Zhang, que o jovem se encarregasse da construção da nova igreja. O custo do templo foi de 1,1 milhão de dólares, conseguido através de doações dos fiéis e, em parte, com o financiamento das autoridades.
Durante dois anos, o jovem seminarista ia e vinha de bicicleta para vistoriar os trabalhos nas obras da igreja. Zhang conquistou a tal ponto o carinho dos fiéis que o bispo solicitou a sua incardinação na diocese de Hai Nan, onde ele celebrou missa precisamente durante a consagração da nova igreja que ajudou a construir. De acordo com o pároco, a dupla celebração “foi um grande impulso para o futuro da evangelização”.
A diocese de Hai Nan foi separada do Vicariato Apostólico de Pakhoi em 1920 e transformada em prefeitura apostólica em 1936, sob os cuidados da Congregação dos Sagrados Corações. Até trinta anos atrás, a diocese tinha um único sacerdote, uma religiosa e apenas uma igreja. Hoje, os fiéis são seis mil, em sua maioria de etnia Han, com alguns poucos das minorias étnicas Li e Miao. A diocese conta com dois sacerdotes, duas religiosas e oito igrejas. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Soneto de Dom Pedro Casaldáliga

Será uma paz armada, amigos, Será uma vida inteira este combate; Porque a cratera da ... carne só se cala Quando a morte fizer calar seus braseiros. Sem fogo no lar e com o sonho mudo, Sem filhos nos joelhos a quem beijar, Sentireis o gelo a cercar-vos E, muitas vezes, sereis beijados pela solidão. Não deveis ter um coração sem núpcias Deveis amar tudo, todos, todas Como discípulos D'Aquele que amou primeiro. Perdida para o Reino e conquistada, Será uma paz tão livre quanto armada, Será o Amor amado a corpo inteiro. Dom Pedro Casaldáliga

UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO

 Acabo de vir do Largo de Pinheiro. Ali, na Igreja de Nossa Senhora de M Montserrat, atravessa  a Cardeal Arcoverde que vai até a Rebouças,  na altura do Shopping Eldorado.   Bem, logo na esquina da igreja com a Cardeal,  hoje, 15/03/2024, um caminhão atropelou e matou um entregador de pão, de bike, que trabalhava numa padaria da região.  Ó corpo ficou estendido no chão,  coberto com uma manta de alumínio.   Um frentista do posto com quem conversei alegou que estes entregadores são muito abusados e que atravessam na frente dos carros,  arriscando-se diariamente. Perguntei-lhe, porque correm tanto? Logo alguém respondeu que eles tem um horário apertado para cumprir. Imagino como deve estar a cabeça do caminhoneiro, independente dele estar certo ou errado. Ele certamente deve estar sentindo -se angustiado.  E a vítima fatal, um jovem de uns 25 anos, trabalhador, dedicado,  talvez casado e com filhos. Como qualquer entregador, não tem direito algum.  Esta é minha cidade...esse o meu povo

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod