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O Metrô em greve e as rotas alternativas



Faz um bom tempo que o Metrô não entrava em greve em São Paulo. Os tucanos foram formando maquinistas substitutos, ajudaram a trocar a direção do sindicato, puseram mulheres dirigindo trens, na esperança de que fossem antigreves, mancomunaram-se com outros poderes, isto é acionaram a "Justiça" de forma a multar pesadamente qualquer iniciativa de paralisação.

Isto fez com que os metroviários, que eram uma categoria combativa, fosse sendo domada, domesticada até ficar amorfa. Entretanto a roda da História continua a rodar, o mundo gira e...eis os metroviários de volta.

Como sempre a mídia golpista entrevista muitos passageiros indignados, para justificar a proibição da greve.

"São serviços essenciais" argumentam, e os metroviários que se explodam.

De quebra botaram a polícia militar em cima do povo revoltado por não ter condução que fechara a radial leste, e acabaram prendendo um doméstica e outros populares.

Bem próprio dos tucanos, com bombas de gás lacrimogênio e bals de borracha bicuda.

Desde a redemocratização do país, os sindicatos fincaram pé em suas conquistas e exercem positivamente o seu direito de greve, que consta de nossa Constituição Democrática.

Eu, entretanto, voltando para casa, de volta do Taboão, tive de fazer várias rotas alternativas, acionadas ao meio do caminho, quando me defrontava com um congestionamento em frente. Foi um ÓIAEPS me guiando.

Viva o trabalhador brasileiro!

Viva o Governo popular de Dilma!

Vivemos uma rara época de liberdades no Brasil, que deve ser devidamente ressaltada.




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