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Quem acordou voltou a dormir?

Como uma onda no mar, que do nada levanta-se e depois vai enfraquecendo sua força, assim foi o movimento social de junho no Brasil. Inovador, crítico, sem bandeiras, nem ideologias assumidas. Lança suspeita como um subproduto dos governos Lula e Dilma: alçaram voo social mais elevado e despertaram contra os seus criadores.
Do outro lado, dois Governos com participação popular formal e burocratizada, sentiu o golpe de um filho esquecido que desperta com fome de tudo. A frente formada por este governo tem sido o seu algoz, conservadores e oportunistas, corruptos e golpistas, tudo junto, minando a vontade política de transformação. Será mesmo que queriam transformação?
Fato é que este movimento voltará. Será surpreendente novamente. Questionará o varejo da vida, onde se escondem os rastros dos ladrões de plantão. Porque eles existem sim, e arquitetam a todo instante como tirar proveito da máquina pública, em benefício pessoal. São um cancro agarrado a carne difícil de se tirar. Passam-se os governos, e lá estão eles.
Deixo assinalado o meu desejo mais profundo de um mundo de paz, solidariedade, convivência pacífica entre as religiões, participação popular nas pequenas e nas grandes decisões, oportunidades para todos, principalmente aos jovens e aos idosos.

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Soneto de Dom Pedro Casaldáliga

Será uma paz armada, amigos, Será uma vida inteira este combate; Porque a cratera da ... carne só se cala Quando a morte fizer calar seus braseiros. Sem fogo no lar e com o sonho mudo, Sem filhos nos joelhos a quem beijar, Sentireis o gelo a cercar-vos E, muitas vezes, sereis beijados pela solidão. Não deveis ter um coração sem núpcias Deveis amar tudo, todos, todas Como discípulos D'Aquele que amou primeiro. Perdida para o Reino e conquistada, Será uma paz tão livre quanto armada, Será o Amor amado a corpo inteiro. Dom Pedro Casaldáliga

UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO

 Acabo de vir do Largo de Pinheiro. Ali, na Igreja de Nossa Senhora de M Montserrat, atravessa  a Cardeal Arcoverde que vai até a Rebouças,  na altura do Shopping Eldorado.   Bem, logo na esquina da igreja com a Cardeal,  hoje, 15/03/2024, um caminhão atropelou e matou um entregador de pão, de bike, que trabalhava numa padaria da região.  Ó corpo ficou estendido no chão,  coberto com uma manta de alumínio.   Um frentista do posto com quem conversei alegou que estes entregadores são muito abusados e que atravessam na frente dos carros,  arriscando-se diariamente. Perguntei-lhe, porque correm tanto? Logo alguém respondeu que eles tem um horário apertado para cumprir. Imagino como deve estar a cabeça do caminhoneiro, independente dele estar certo ou errado. Ele certamente deve estar sentindo -se angustiado.  E a vítima fatal, um jovem de uns 25 anos, trabalhador, dedicado,  talvez casado e com filhos. Como qualquer entregador, não tem direito algum.  Esta é minha cidade...esse o meu povo

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod