Pular para o conteúdo principal

Como sempre a Globo desinformando o seu leitor

1 de agosto de 2014 - 11h51 

Jornalismo de “nota oficial” da Globo tenta limpar a barra de Aécio


 A “reportagem” do Jornal Nacional desta quinta-feira (31) onde Aécio Neves admite o uso do aeroporto de Cláudio deveria ser copiada e distribuída nas escolas de jornalismo. Porque é uma aula de como não deve (ou deveria) ser o jornalismo. O texto é uma colagem de notas oficiais e declarações em clima de campanha do candidato tucano. Não há uma gota sequer de reportagem ou investigação. Vale o que foi escrito e o que foi dito pelo candidato.

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço


Reprodução
Aécio Neves tenta culpar a Anac pelo caso do aeroporto.Aécio Neves tenta culpar a Anac pelo caso do aeroporto.
Cláudio, que não chega a 30 mil habitantes, vira “um grande centro industrial”, nas palavras incontestáveis do candidato tucano.

Não há uma indagação sequer sobre o que justifica o asfaltamento de uma pista de aviação em Montezuma, uma vila que não tem oito mil e nem coisa alguma, exceto a fazenda que a empresa da família Neves tomou ao Estado num usucapião pra lá de estranho.

Mas convenhamos, asfaltar a pista de Montezuma, por R$ 300 mil, foi uma bagatela, fora a desapropriação perto dos R$ 14 milhões gastos para asfaltar a pista aberta por vovô Tancredo nas terras do contraparente, irmão de Dona Risoleta.

Ninguém se interessa em perguntar porque uma obra custou 40 vezes mais do que outra, bastante semelhante.

Quem sabe pudessem perguntar ao piloto do “avião da eleição” que o JN põe no ar para mostrar as mazelas do Brasil – que começaram neste governo, é claro – se é normal pousar em aeroportos irregulares.

Ou se ele se comunicava com a “torre” de Cláudio.

- Manda chamar o tio!

- Fala, sô

- Fasta os boi, que nós tá ino…

- Já mandei tirá, minino.

- Os garoto dos aeromodelo num tão por lá, não?

- Craro qui não, avisei qui quem ia brincá hoje era ocê…

Nenhum repórter foi olhar o processo para saber, afinal, em quanto ficou a bufunfa do tio na
desapropriação.

A culpa é da Anac, que não homologou um aeroporto particular que não apresentou os documentos.

E outro, o de Montezuma, que nem pediu para ser homologado.

Carece não, é só pro menino usar.

Inútil, porém, a pasteurização jornalistica do assunto.

O povo, que é muito menos bobo do que a Globo pensa, não compra bonde faz tempo.

A expressão de Aecio, olhos esbugalhados, palavras despejadas, trai mais a verdade que a tolice do que é dito.

É o “não me deixem só”.

Não adianta remendo.

Era melhor fazer com o gato, que enterra.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Soneto de Dom Pedro Casaldáliga

Será uma paz armada, amigos, Será uma vida inteira este combate; Porque a cratera da ... carne só se cala Quando a morte fizer calar seus braseiros. Sem fogo no lar e com o sonho mudo, Sem filhos nos joelhos a quem beijar, Sentireis o gelo a cercar-vos E, muitas vezes, sereis beijados pela solidão. Não deveis ter um coração sem núpcias Deveis amar tudo, todos, todas Como discípulos D'Aquele que amou primeiro. Perdida para o Reino e conquistada, Será uma paz tão livre quanto armada, Será o Amor amado a corpo inteiro. Dom Pedro Casaldáliga

UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO

 Acabo de vir do Largo de Pinheiro. Ali, na Igreja de Nossa Senhora de M Montserrat, atravessa  a Cardeal Arcoverde que vai até a Rebouças,  na altura do Shopping Eldorado.   Bem, logo na esquina da igreja com a Cardeal,  hoje, 15/03/2024, um caminhão atropelou e matou um entregador de pão, de bike, que trabalhava numa padaria da região.  Ó corpo ficou estendido no chão,  coberto com uma manta de alumínio.   Um frentista do posto com quem conversei alegou que estes entregadores são muito abusados e que atravessam na frente dos carros,  arriscando-se diariamente. Perguntei-lhe, porque correm tanto? Logo alguém respondeu que eles tem um horário apertado para cumprir. Imagino como deve estar a cabeça do caminhoneiro, independente dele estar certo ou errado. Ele certamente deve estar sentindo -se angustiado.  E a vítima fatal, um jovem de uns 25 anos, trabalhador, dedicado,  talvez casado e com filhos. Como qualquer entregador, não tem direito algum.  Esta é minha cidade...esse o meu povo

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod