foto de Beatriz Morán
Como me doem
os sonhos
das jovens
da periferia.
Arrumam
diante do espelho
suas perspectivas
descalças.
Como dói
vê-las
aprumadas
para encontros
impossíveis.
Lindas e sós
esperançosas e perdidas
valentes e suicidas
Dói contemplar
seus olhos
de vidros,
por fora,
e os corações
quentes
por dentro.
As jovens da periferia...
Como dói
o sonho
irrealizável.
Dói mais
que a morte.
(18/11/2013 JP)
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