Pular para o conteúdo principal

Como é a cabeça de um reacionário



O reacionário é por essência um revanchista.

Deixa crescer em seu coração um ódio crescente contra o governo, que o leva a afirmações estapafúrdias, sem pé nem cabeça.

Não quer ouvir a outra parte.

É de opinião fechada, monolítica, cheia de formas para degradar a outra parte, usando sempre um mix de assuntos desconexos.

Mistura copa do mundo com a saúde, em vez da saúde com a saúde.

Mistura a educação com a copa do mundo, e não a educação com a educação.

Mistura transporte com a copa do mundo, e não o transporte com o transporte térreo, aéreo e naval.

Mistura emprego com copa do mundo, e não o emprego com o emprego.

Se discutisse  como está o progresso de cada uma destas áreas veria, talvez, o progresso alcançado.

Muito ainda se deve alcançar, mas não se deve omitir a realidade.

O reacionário pensa que é o dono do conhecimento, o supra sumo, o líder por excelência.

Hitler que o diga.

Mussoline que o diga.

O reacionário é um defensor das ditaduras, um inimigo das democracias.

Odeia a política e os políticos.

Acredita que na política ninguém presta, porque só ele presta.

Acredita que no governo ninguém presta, porque só ele presta.

Evoca o militarismo do passado coo solução.

Existem reacionários de vários matizes: reacionários nobres, reacionários religiosos, reacionários anarquistas, reacionários trotskistas, reacionários ideológicos, reacionários tradicionais, e assim vai.

São pais de famílias, cuidam bem de seus filhos, parecem pessoas justas e boas, mas é só falar um pouco de política, e este edifício todo se desmorona e surge  a besta fera contida em seu coração.

De santos tornam-se verdadeiros demônios, em nome de jesus, ou de sua casta, ou de seu grupelho.

São violentos desde os seus pensamentos.

Tristes reacionários.

Todo estudo que fazem pára na primeira análise.

Assim estacionam, enquanto pensam que progridem.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Soneto de Dom Pedro Casaldáliga

Será uma paz armada, amigos, Será uma vida inteira este combate; Porque a cratera da ... carne só se cala Quando a morte fizer calar seus braseiros. Sem fogo no lar e com o sonho mudo, Sem filhos nos joelhos a quem beijar, Sentireis o gelo a cercar-vos E, muitas vezes, sereis beijados pela solidão. Não deveis ter um coração sem núpcias Deveis amar tudo, todos, todas Como discípulos D'Aquele que amou primeiro. Perdida para o Reino e conquistada, Será uma paz tão livre quanto armada, Será o Amor amado a corpo inteiro. Dom Pedro Casaldáliga

UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO

 Acabo de vir do Largo de Pinheiro. Ali, na Igreja de Nossa Senhora de M Montserrat, atravessa  a Cardeal Arcoverde que vai até a Rebouças,  na altura do Shopping Eldorado.   Bem, logo na esquina da igreja com a Cardeal,  hoje, 15/03/2024, um caminhão atropelou e matou um entregador de pão, de bike, que trabalhava numa padaria da região.  Ó corpo ficou estendido no chão,  coberto com uma manta de alumínio.   Um frentista do posto com quem conversei alegou que estes entregadores são muito abusados e que atravessam na frente dos carros,  arriscando-se diariamente. Perguntei-lhe, porque correm tanto? Logo alguém respondeu que eles tem um horário apertado para cumprir. Imagino como deve estar a cabeça do caminhoneiro, independente dele estar certo ou errado. Ele certamente deve estar sentindo -se angustiado.  E a vítima fatal, um jovem de uns 25 anos, trabalhador, dedicado,  talvez casado e com filhos. Como qualquer entregador, não tem direito algum.  Esta é minha cidade...esse o meu povo

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod