Coração de papel
escreve enquanto palpita.
junto às palavras,
quase música;
não sabe
se fala,
se canta,
se cala,
meio termo de tudo,
segue em meio
aos afazeres
e prazeres,
contudo.
Batimentos
de folhas viradas,
olhos atentos
em páginas vazias,
escritas náufragas
de profundidades
permissivas,
proscritas.
Provém de jardins
desconhecidos,
regados
por dores,
amores
adormecidos
nas letras
Afloram puros,
ignoram a existência,
leitura mítica interior,
intervalos noturnos,
tropeis caudalosos
de versos alados
fungam ansiosos.
Aspiram recitais exilados,
contrapontos da vida,
coração que se desfaz
em páginas
enquanto segue
o caminho.
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