março 31, 2024
Uma fina angústia
subsiste,
sob o mar calmo.
Irrevelável,
acompanha
o cotidiano
sem interferir,
macular
cada ato
cada gesto.
Faz-se
que não está...
Tem perguntas
ainda não formuladas,
diante da despreocupada
existência,
que não pergunta
Quantos meses
são necessários
até as orquídeas florirem,
de galhos e raízes abraçados?
Quanto tempo
até serem apreciadas?
Quando a Humanidade
desvendará a cristalina
transparência das fontes,
responsáveis dos grandes rios?
Angústia oculta
no olhar dos olhos
no temer das palavras,
em trocá-las livremente.
Angústia que interpela,
silenciosa,
a existência
em tudo
o que faz,
incógnita.
A subconsciência
da transitoriedade?
Muitos olhos
até vê-la!
Não se desnuda...
Uma fina angústia
subsiste,
quase imperceptível
sob o mar calmo.
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