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Kassab: dois pesos e duas medidas sobre o gás gerado pela população

O gás metano, subproduto dos antigos lixões foi o personagem principal das reportagens tupiniquins de nossa Sampa.

Estamos descobrindo rios de ouro em nosso subsolo, não mais como no período do descobrimento e das entradas, mas como resultado de nossa destruição civilizatória do terceiro milênio.

O gás metano, que surge do fermento do lixo humano no subsolo onde foram depositados, foi objeto do "machismo" de Kassab, que não pensou duas vezes em aparecer na mídia, para interditar o Shopping Center Norte.

Não pensou nos comerciários que ali vivem do sustento de seus trabalhos, não imaginou a queda do movimento com esta ameaça de interdição, porque ele não é lojista e não sabe que quando cai o movimento a loja se descapitaliza por anos, e ainda tem que pagar salários aos seu funcionários, não se sabe de onde.

Mas fez e desfez, tudo para se mostrar como Prefeito responsável com a população. O tal do bom mocinho.

Agora a mesma situação se repete, mas num conjunto Cingapura, do povão, que fica nas imediações do Shopping, e passa pelos mesmos problemas, isto é com gás metano no subsolo de seus prédios.

No Shopping as reclamações foram todas legais, mas com o Cingapura, foi o povo botando fogo nas rua, e partindo para o quebra-quebra.

Agora se invertem os papéis, a justiça manda retirar os moradores, com base nas análises feitas do subsolo, mas o Prefeito, ah o Prefeito, quanta humanidade para com os moradores do Cingapura, deseja que eles vivam sobre este colchão de ar.

O Prefeito rapidamente se pôs ao lado dos moradores em sua luta por permanecer sobre o pum humano de São Paulo. o ouro etério, a quintessência de nossas atribulações noturnas.

Que bonito! quanta humanidade!

Quanta coerência política!

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