Tenho minha alegria compartimentada. Uma angústia segura me acompanha. O Sol queima sobre minha cabeça, o dia perde seus disfarces, a rigidez apodera-se de todos. Reduzo o humanismo ao modo de economia, para ver se sobrevivo ao dia, onde o tempo não pergunta, mas acumula fato sobre fato, em inundação de regras e costumes. Às vezes o diabo assalta e jogo tudo para o alto. Ou seria um anjo? De que lado estará Deus? O dia corre sem resultados. Corro junto para...nada. Nada muda... se muda, não parece mudar. Queria um beijo, um afago. Queria uma transgressão, uma loucura, perdição. Mas não... Tudo segue o seu ritmo, no leito seco da vida. João Paulo Naves Fernandes 22/01/2020