O velho não fala não opina. Segue sereno o tempo restante não pode sair caminhar. Não existem parques mais, encontros, dominós xeques-mate. As flores abandonadas... olhos cansados impedidos da esperança depositada, beleza vivida, últimos tempos. O velho sabota a economia não contribui. Precisa morrer, mas não morre. Morre velho! A Bolsa cai, a idade sobe. O velho não produz não trabalha Você custa caro, velho. As crianças já não brincam nos pés endurecidos entremeadas junto a bancos porque não há um velho que compreenda a seriedade da brincadeira. porque não há tempo para brincadeiras. Mundo invulnerável ao vulnerável. Importa trabalhar comer casar. O resto não importa. O velho atrapalha. Morre velho! João Paulo Naves Fernandes 25/03/2020
o cotidiano contado e meditado