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Mostrando postagens de março, 2020

O VELHO E O CORONAVÍRUS

O velho não fala não opina. Segue sereno o tempo restante não pode sair caminhar. Não existem parques mais, encontros, dominós xeques-mate. As flores abandonadas... olhos cansados impedidos da esperança depositada, beleza vivida, últimos tempos. O velho sabota a economia não contribui. Precisa morrer, mas não morre. Morre velho! A Bolsa cai, a idade sobe. O velho não produz não trabalha Você custa caro, velho. As crianças já não brincam nos pés endurecidos entremeadas junto a bancos porque não há um velho que compreenda a seriedade da brincadeira. porque não há tempo para brincadeiras. Mundo invulnerável ao vulnerável. Importa trabalhar comer casar. O resto não importa. O velho atrapalha. Morre velho! João Paulo Naves Fernandes 25/03/2020

Paz Completa

PAZ! Paz em casa! Paz entre os homens! Paz entre as mulheres! Paz entre homens e mulheres! Paz entre os homo e heterossexuais! Paz na família! Paz entre os ricos! Paz entre os pobres! Paz entre ricos e pobres! Paz nas favelas!  Paz nos bairros "nobres" Paz entre os poderes! Paz entre os países! Paz entre os povos! Paz entre as religiões! Paz entre os sacerdotes! Paz entre os times! Paz entre os torcedores! Paz interior! Paz fundada na Verdade! Verdade temperada pelo perdão! Que as guerras sejam proibidas! Que o amor seja declarado Patrimônio da Humanidade! A Paz infinita de Deus, ainda muito desconhecida!

QUARENTENA DA VIDA

Há um vírus coexistindo no sopro da vida. Imperceptível, cobra rotinas enterradas, em egoísmos silenciosos. Percorre caminhos tortuosos, não levam a nada, frugais. Difunde o temor das mesas cheias, diante milhares de panelas vazias. Denuncia a falta de sentido do tudo que se faz, Supermercados avenidas cinemas restaurantes trabalhos... Ausências livres, superficialidades. Mortes cortam caminhos repetidos, interrompem trajetos cansados Mesmo trem estações feições. Mesma estranheza de rejeição orgânica, humana Vírús redentor aprisiona a farsa exposta dia a dia, propõe encontros inexistentes, caseiros. Virús da morte? Vírus de vida? João Paulo Naves Fernandes 14/03/2020

Pérolas perdidas.

Os caracois surpreenderam o tempo cozido no forno a lenha. Levantavam enigmas suspensos em nuvens dispersas. Acreditavam imóveis, nos faróis vermelhos despistados nos fundões periféricos, onde a vida clama das profundezas. Partidas permanentes... Uma eternidade o fermento da verdade, aguardando gerações de argumentos, e torrentes de cotovelos sustentando sobras de tudo de nada. Quando será? Escorrem desejos ideais nas pernas esquecidas dos sonhos. Um poder esquece a mata, mata enlouquece aquece incendeia. Uma fé de poder, não ser, indiferente à pedra, rejeitada. Um discurso sem curso ermo condena o pranto dos quartos, ironiza Uma cobra se esquia na redes perguntando onde escondem os colibris. Sempre parto... João Paulo Naves Fernandes Sexta 13, de Março, 2020
Meu biotipo me faz deixar de pertencer a algum grupo em especial, a reconhecer minha invalidez, a deixar correr, intervir quando necessário, dialogar interiormente até estar prestes a cansar-me das minhas próprias quimeras. Há uma universalidade guardada nos escombros desta humanidade rebelde, que fagulha à procura de loucos que falem sozinhos. Há uma perdição salvadora, no sentido contrário de tudo o que se assiste, inclusive do que se pode considerar como certo. O que se salva neste mundo? A rigor, nada!!!! Se me matarei depois desta constatação ?  Seria uma falsa libertação. Continuarei incomodando os retos e apoiando os tortos. E que Deus me ilumine nesta escuridão de amor.