Pérolas perdidas.


Os caracois
surpreenderam
o tempo
cozido
no forno
a lenha.
Levantavam
enigmas
suspensos
em nuvens
dispersas.
Acreditavam
imóveis,
nos faróis
vermelhos
despistados
nos fundões
periféricos,
onde a vida
clama
das profundezas.
Partidas
permanentes...
Uma eternidade
o fermento
da verdade,
aguardando
gerações
de argumentos,
e torrentes
de cotovelos
sustentando
sobras
de tudo
de nada.
Quando será?
Escorrem
desejos
ideais
nas pernas
esquecidas
dos sonhos.
Um poder
esquece
a mata,
mata
enlouquece
aquece
incendeia.
Uma fé
de poder,
não ser,
indiferente
à pedra,
rejeitada.
Um discurso
sem curso
ermo
condena
o pranto
dos quartos,
ironiza
Uma cobra
se esquia
na redes
perguntando
onde
escondem
os colibris.
Sempre parto...
João Paulo Naves Fernandes
Sexta 13, de Março, 2020

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