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Mostrando postagens de dezembro, 2010

É preciso que tudo se renove para que permaneça como está.

Acostumei-me a celebrar a renovação anual das passagens de ano: é barquinho de iemanjá lançado nas praias, é gente usando roupas brancas(depois farão muitas coisas às escuras), é bebida e bebida para festejar, beijinhos de boa sorte, mesa farta, etc.. Quando passa a enxaqueca da noite de 31 de dezembro e adentra o 1 de janeiro, tudo continua igual. Não acredito em mágicas para a vida. A realidade social é clara: ralar para sobreviver. E acrescento, lutar pela justiça e a verdade, sendo solidário com o povo em suas lutas e dificuldades. Isto sim, não depende de passagem de ano. Mas querem-me vestir de branco, querem beijar-me artificialmente, e vá lá, deixo, para que não me achem muito chato. Depois todos voltam ao normal mesmo. De qualquer forma quero desejar um 2011 de crescimento e profundamento no conhecimento da vida, e na presença no mundo, transformando-o, numa perpectiva igualitária, com pronta solidariedade a qualquer necessitado, antes, durante e após qualquer política

José Alencar recusa-se a morrer

O que é o amor à vida. Quando Lula e Dilma  foram visitar o Vice José Alencar no Hospital Síro Libanês, onde os médicos sequer conseguiram interromper uma hemorragia, por não localizá-la em meio a órgãos que estavam colados, e ao encontrá-lo lúcido, ouviram dele o desejo de descer a rampa do palácio, como derradeiro gesto. Compreendemos, neste gesto, porque ele continua vivo. Conheço muitas pessoas que já estão mortas há muito tempo. Respiram, fazem seus afazeres, mantém suas tarefas caseiras e profissionais, mas estão mortas. Não foram fundo na vida. Não descobriram os grandes segredos do viver, que a todos é oferecido, desde que busquem com toda a sua vontade. Não. Permanecem desconhecendo a vida, ao mesmo tempo que se acham conhecedores. Outros tiveram papeis importantes, mas se aposentaram. Outros ainda, se mudaram de casa, de partido, de objetivos e desandaram em morte crônica, que nunca termina de morrer José Alencar não. Ele caminha no terreno da transformação,

Ubatuba que a tudo faz esperar

É preciso descansar da luta cotidiana, pelo menos uma vez por ano. Em um lugar onde o clima e a cidade não estejam ainda contaminados com o virus da civilização pós-industrial, do super consumo, do comer, comer, comer... Um local onde não possamos ser encontrados, estivermos desaparecido para os fornecedores, chefes,  sócios, parceiros, e dependendo, até familia(espero que não). Onde o desespero não consiga entrar, e o tempo dê a impressão de estar parado. Uma terra, onde ainda que participando da grande estrutura nacional, seja, momentaneamente, a exceção à regra, o deleite, o sorvete, o sol, a praia, a paz. Sabemos que o Xangrilá, ou a Civilização do Amor ainda está distante muitas batidas cardíacas de cada um de nós. Sim, não é o paraíso, mas parece, pela sua beleza contagiante, pela paz que se irradia naturalmente. Também não haveria outro modo de se espalhar Ubatuba encarna tudo isto, e declara unilateralmente a suspensão das lutas. A revolução pode ser arquitetada,

Mais tristeza com saída de Lula do que alegria com entrada de Dilma

Após a rede nacional de rádio e televisão com o discurso de despedida de Lula, fiquei com a exata impressão de que terei mais tristeza com a saída do Peão Presidente, do que com a entrada da Mulher Presidenta. Não é para menos. Lula encarnou os sonhos de toda a geração de 68 no Brasil. O sonho de um Brasil novo, democrático, e de forte presença popular, caminhando em direção a uma sociedade igualitária, sonho ainda mais ambicioso e desejado.  Uma sociedade com liberdade de expressão, liberdade de imprensa, liberdade religiosa, enfim um país que  tenha o que dizer em termos de inovação na experiência socialista, e não se envergonhe de viver a diferença. Deu-se um grande passo para o povo brasileiro nas duas gestões de Lula. Grande parte dos filhos do povo, que estariam à mingua hoje, se estivessem os tucanos no governo, alcançaram oportunidades "nunca dantes ocorrida". São bens materiais, carros,  casa própria, são oportunidades de estudo em universidades, podemos dize

Diferenças do desenvolvimento Chinês e do Brasil

Passando os olhos nas características de dois tipos de desenvolvimento tão díspares, e de certa forma complementares,  não posso deixar de pensar, à distância, no que eles se diferenciam, e até quando poderão caminhar juntos sem conflitos pois sabemos que setores produtivos brasileiros por vezes reclamam da forte presença de produtos chineses, em condições concorrenciais mais vantajosas. Uma primeira observação se nota no tipo do empresariado brasileiro e chinês. O empresariado brasileiro expande-se pelo mundo, mostrando musculatura multinacional, ora açambarcando empresas concorrentes européias e americanas, ora associando-se com competidores mais fortes. De qualquer forma, o que se observa é o crescimento do capital transnacional, que tende cada vez mais a se distanciar do chamado "projeto nacional". A presença do Estado brasileiro na economia, é estratégico e mal ocupa as chamadas áreas obrigatórias de sua presença, ainda que, por inércia veio ocupando aqui e ali, algum

A paz é possível

Posso parecer meio piegas, mas eu quero dizer, hoje, que acredito num mundo melhor. Apesar das guerras, das grandes opressões que se abatem sobre os povos, eu ainda assim, creio num mundo melhor. Por quanto tempo o mundo tem experimentado a paz? Muito, muito pouco. O que vemos e ouvimos é a respeito de guerras. Não me lembro, durante os anos de minha vida, ter acontecido um dia de paz, um sequer. Pois bem, esta é minha obsessão, a paz. Não a coloco como um chavão, perdoem-me se parecer assim. Eu a coloco como uma necessidade pessoal, física, mental, espiritual, filosófica, ela ocupa todas as minhas dimensões Ela é que me falta, no meio deste mundo de violência. Sonho com ela. Somente ela será capaz de me pacificar, também, de meus próprios desenganos. Ela pode se cristã, budista, islamita, ou atéia, não importa. Importa que ela venha. Ela é possível. Só está um pouco esquecida, desacreditada, mas existe. Ela é possível se nos prepararmos para ela, se a tornamo

Que tal "O peru de Natal" para a Ceia da Noite?

Pesquise em dezembro e leia o conto "O peru de Natal", ou melhor, leia para as crianças, no pé da árvore de Natal, antes da Ceia. Vale a pena.

A ofensa da Ceia de Natal

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Desde garoto o período de festas de fim de ano me traz recordações inesquecíveis. Como é bom nos reunirmos com nossas famílias para celebrarmos a vida, a convivência. Duas palavras fortes: reunir e conviver . Reunir implica em separação de algo que era unido, separação que ocorreu pelos mais diversos motivos, desde os tradicionais, como buscar novas oportunidades e horizontes, até os mais fortes conflitos. A união tem um sentido puro e ingênuo, mas a reunião pressupõe superação, abdicação, reeducação. Conviver significa reconhecer a nossa incapacidade individual de exercermos a vida, e dependermos de todos para podermos nos realizar. Lógico que muitos não gostam desta explicação, e irão dizer-me que a individualidade basta para explicar. Refuto este conceito para afirmar o fim dos eremitas. Não existem mais montanhas onde se possa ficar solitário, e encontrar-se. Não há solidão, ainda que eu a busque diuturnamente, que me possa satisfazer das grandes interrogações. Por

Vice-Presidente José Alencar se recusa a morrer

Aprendi a reconhecer no Vice-Presidente José Alencar uma pessoa impar. Escolhido entre o empresariado mineiro para seguir o Presidente Lula, desde o início da primeira gestão ele já divergia do seu Líder, mostrando como deveria ser a face do governo, uma face desenvolvimentista, mandando às favas o Sr. Henrique Meirelles, com os juros elevados para o "controle da inflação", na verdade, para benefício dos banqueiros. O  desenvolvimento que vemos no governo hoje, ele já afirmava lá atrás, na primeira gestão, em afirmações públicas, nem sempre agradáveis a Lula, que tolerava esta dissonância. De espírito positivo, tem enfrentado um câncer virulento e mortal. No meio desta dificuldade José Alencar transmite ao povo brasileiro o desejo de viver, de fazer da vida uma oportunidade para transformar tudo o que está errado, de dizer a Deus que adie sua partida, e aodiabo que vá às favas. Após mais de uma dezena de cirurgias e tratamentos quimioterápicos ele passou ao povo bra

E o sofrimento dos atingidos pela enchente em SP?

É  o prefeito que vai resolver? Os que perderam seus pertences, anos de economias...na enchente de ontem 21/12/2010? Os que perderam vidas... Quem vai reparar estes danos, a Prefeitura? O Governo Estadual? Kassab onde está você? A professora Michele Borges vai voltar a viver? Porque os governantes não mostram a cara agora. Aproveitadores do poder e insensíveis com a dor do povo paulista, fazem e desfazem. Está tudo anotado, no caderno da justiça, no Livro da Vida.

Notas picantes

- O baixo crescimento da população dos EUA em 9,7% (atingindo 308 milhões de hab.), só foi maior que o da Grande Depressão de 1930 (7,3%). Na década de 90 o crescimento foi de 13,2 %. Nota-se tambem um envelhecimento da população, e redução da imigração (devido à repressão, é óbvio). A estagnação provoca desestímulo para o planejamento familiar. - Antecipamos no "Decálogo para Dilma em 2011", opinião da população brasileira que acredita que Dilma será igual ou melhor que Lula, segundo pesquisa Data folha publicada hoje, 22 de dezembro. O que se passa na subjetividade do povo brasileiro para chegar a esta conclusão? Penso que uma parte acredita que Dilma era co-responsável pelos resultados do Governo Lula, confirmado pelo próprio Presidente durante a campanha eleitoral. Outra parte acredita que ela é mais capaz que Lula e tem mais determinação, tipo tanque de guerra, sendo que, com Lula sempre houve muito diálogo, mesmo em situações que estes não cabiam mais. É esperar para v

A compra da felicidade, pelo The Economist

Pesquisa sobre a felicidade apresentada pelo The Economist. Os economistas, quando resolvem entrar em searas que não lhes são próprias, são realmente muito engraçados. As ocasiões em que vi o Presidente do Banco Central Henrique Meireles sorrir de satisfação, geralmente, estiveram ligadas às explicações lógicas sobre a variação dos juros pelas estratosferas da vida brasileira, e não sinalizavam para um caminho de felicidade de muitos, mas para uma ação diversionista com a intenção de ocultar a verdadeira razão, que é a felicidade de poucos(se pensar a felicidade como subproduto da renda per capta). Fico imaginando como um economista consegue inserir a felicidade em suas cifras e porcentagens. "Estou 20% mais feliz que fulano de outro país que está 15% menos feliz". Circunscrever a felicidade em porcentagens já mostra o quão distante se está desta. Porque a felicidade é ou não é , e menos tem ou não tem . Caso contrário, a miserabilidade estará sempre associada à tr

Um decálogo para Dilma em 2011

1) Em primeiro lugar, uma mulher trazendo seu componente feminino da naturalidade e da compreensão no tratamento das dificuldades, mas com determinação e foco para soluções e resultados. 2) Uma Presidenta que sinta a necessidade de superar a era Lula, ainda que dela tenha feito parte, alcançando metas ainda mais ambiciosas em todas as áreas ministeriais, e principalmente na erradicação da pobreza, com indicadores e responsabilidades para medir este processo, desde os poderes municipais, até federais. 3) Uma pessoa de visão de longo prazo, de planejamento, e controle direto e próximo de sua equipe, ao mesmo tempo acompanhando e compartilhando o processo de gestão dos Ministérios do Governo. Não alguém distante, que busque respostas de tempos em tempos, mas presente e atuante. 4) Alguém que não deixe macular a correção da máquina administrativa, tendo coragem de fazer as alterações quando se fizerem necessárias, doa a quem doer. 5) Que busque o povo constantemente, sem receio de

O que farei em 2011 ?

Ora o que farei... Serei muito mais do que agora, senão morrerei. Que durma pouco e aprecie o dia, sem me fechar em casa. Porque dormir não acrescenta nada e me torna inútil. Que rompa a preguiça e me ponha cedo de pé. E me recicle das novidades, descartando as reliquias,  as posturas. Possa me ver compreensivo e direto, mais silencioso no meio da gritaria. O ano que vem será derradeiro. Quem sabe  não faça outra universidade,  me redescubra escritor, jornalista, advogado, médico, tudo que sempre desejei ser, mas perdi na imensa multiplicidade, que levou a nada. Ah... que eu me pego ligando para o meu passado: Alô! Sim passou... Estamos outros, é verdade. Sim... Queria saber se você também percebeu! Não? O passado te segue? ...não ouvi o sorriso aberto de quem descobriu a verdade e está satisfeito. Como  chegar ao ano novo, que exige o novo,  se não me esforço por renovar? Manter o que nunca pode ser mantido... Sim... arvorar-me por sobre o mundo, desejar a vida a todo in

Visita aos enfermos no final de ano

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Esta é a equipe da Pastoral da Saúde na Ortopedia. Aqui todos são estrelas de primeira grandeza. Alegres, dispostos, cheios de fé no próximo. Da esquerda para a direita, "Seu" Zé, homem abnegado em servir o próximo; Margot uma irmã e uma doçura de pessoa, consegue ausentar-se de seus problemas para se deleitar com os enfermos; padre Gilmar, ou será simplesmente Gilmar? não sabemos tão grande é o apreço que por ele temos, que nos esquecemos de seu papel sacerdotal. Agora ele está aí, mas já temos o padre Alexandre, que está acompanhando todo o trabalho no HC; Silvionê, um ator de primeira linha, percorre o país com as peças que monta; o Papai Noel, é este Pó que vos escreve, aqui apalhaçado; finalmente está a Roseli, Coordenadora do grupo, advogada e enfermeira. Estamos há 11 anos ajudando o trabalho da Pastoral da Saúde no Hospital das Clínicas. Encontramos toda sorte de pessoas, quando visitamos. Estão, às vezes sem forças, outras vezes fortalecidas, em acreditar em sua

Quanto mais WikiLeaks divulga, mais os EUA se elameiam furiosos

Informações que no início pareciam fofoquinhas de diplomatas, vai se revelando, divulgação a divulgação, o quanto o governo americano se imiscui na vida de outras nações, ardoroso por assumir o papel de gendarme do "mundo livre". Estes dias foi revelado a relação de multis do petróleo com José Serra, envolvendo o Pré-sal, com críticas fortes dele ao contrato estabelecido pelo governo neste caso. O candidato do PSDB foi logo desmentindo, afirmando que não usa desta linguagem apresentada ("esse pessoal do PT"). Mas nós, que o acompanhamos na campanha, vemos bastante semelhança. Fica o dito pelo não dito. Fizeram looby no Congresso Nacional e conseguiram que não fosse votado por estes últimos 7 anos uma lei que quebra a patente dos remédios contra a AIDS, favorecendo as Multis da indúsria famacêutica, de forte presença norteamericana. É de conhecimento de todos que o Brasil quebrou este monopólio para poder tratar a custos mais baixos, dos portadores do vírus da AID

O perú de Natal / O vírus do Natal na Internet / O Papai Noel que chorava

Sugiro aos amigos e leitores do blog que procurem ler estes três contos que fiz para este Natal. Bom proveito a todos. Els já foram postados e encontram-se em dezembro ou novembro.

Banidos e profanos

Banidos e profanos é o que somos. Os pensamentos sentem medo, os sentimentos, fome. Medo que o sorriso exagere para além do permitido. Medo da profundeza dos olhos, que a palavra expresse aquilo que é. Fome de amor, desde os insensivelmente fáceis, aos ardorosamente impossíveis, dos plácidos, e dos incompreensíveis. À parte isto, uma ordem sepulcral. Por isto sublimamos. Por isto, sussurramos. 

A ética e a vocação na política

Depois de todo um ano de campanha eleitoral em que nos esforçamos por eleger a nossa querida Presidenta Dilma Rousseff, e governadores, senadores e deputados, onde vários temas vieram à tona, uns mais de acordo com a temática de momento, outros enxertados, surge uma uma nova realidade, que é a inversão dos papéis. Mal terminadas as eleições, vieram informações sobre o reajuste do salário do futuro governador de São Paulo, pela Assembléia Legislativa; depois notícias sobre o aumento dos ônibus, depois sobre o aumentos de todos os parlamentares, presidente, senadores, juízes, notícias sobre assessora que se beneficiou do cargo, mas a deputada não se afasta, futuros ministros sendo escolhidos sem experiência de gestão ou com algum passado já manchado, enfim agora parece que tudo pode. E a oposição se aproveitando disto Agora é como se estivéssemos em uma janela, observando de longe a paisagem. Se surge uma nuvem um pouco mais carregada e fecha uma parte do céu, pouco se me dá, pois s

A dor e surgimento do Homem Novo.

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Desejamos uma vida plenamente sã, sem percalços, dificuldades,enfermidades. Mas, não. Não é assim que acontece. Estamos em todos os momentos, ainda que planejando as atividades, sujeitos ao inesperado, ao indesejado, à dor. Ela tem muitas formas de se apresentar (mostrarei ao final), e não pede licença. Simplesmente vem. Nos invade em nossa privacidade, nos escancara de nossas racionalidades, ou nos reforça em nossas crenças, quebrando a sequência que estabelecemos para nossos afazeres. Uma gastrite aguda em duas pessoas pode ter receptividade totalmente diferente para cada uma, dependendo do contexto em que se encontrem, revelando duas sensações de dor. Me vem à mente Franz Fanon, negro da Martinica, que identificou doenças psicossomáticas (enxaquecas, asias, gastrites, úlceras, etc) e suas respectivas dores, como consequência do processo de colonização. Partidário da teoria da libertação, escreveu Pele negra, véu branco, e outras obras, mostrando, e mais que isto, como

Síndrome das sextas-feiras

Nas sextas-feiras o espírito corre em parafuso. Assoberba-se confuso por cima dos corpos formas maneiras. Traz um desdém louco. Linguajar rouco de fim de tempos semanais, como aniversários rápidos da imaginação racional desnudada.

Como vai o diálogo entre católicos e luteranos após 494 anos de separação.

Segundo o Zenit, síte de Roma , o Papa convida luteranos a refletirem sobre conquistas do ecumenismo frente à próxima comemoração do 5º Centenário da Reforma Protestante. Em 2017 acontecerá o aniversário de 500 anos da publicação das  95 teses de Wittenberg de Lutero.(agradeço correção de leitor) A Reforma protestante projetou a fé à nova expressão da ação realizadora do homem, suscitada pelo capitalismo nascente na Europa. O cristianismo que estivera preservado durante séculos nos monastérios católicos, dentro de um sistema de vida feudal e monárquico, agora adquiria identidade de negócio individual, bem expresso por Max Weber em "A ética protestante e o espírito do capitalismo". O protestantismo deflagrou uma crescente rede de igrejas com concepções as mais variadas, de forma que hoje, principalmente as pentecostais, ainda que tenham identidade com o velho luteranismo, quase não possuem mais vinculos doutrinais. Houveram conflitos de toda sorte, até violentos, mas a

Novo dilúvio em São Paulo

Água para todo lado. Quase 19 hs e a chuva continua. Chove muito na zona norte. Desaba uma chuva que prejudica a chegada a São Paulo de quem vem da Dutra. Marginal Tietê em direção a Airton Senna pela marginal, está paralisada . Os tucanos disseram que haviam resolvido o problema das enchentes nas marginais, porque pensavam que escavando o leito do rio, não haveria mais enchentes. Só que fizeram isto num período de sêca. Agora é a realidade. Quem paga é o povo paulistano. O povo de rua é o que mais sofre, por não ter lugar para se proteger. Ficam com as roupas molhadas e passam a noite no molhado. São 11 pontos de alagamento. Mais uma vez o povo vai voltar atrasado para casa, esperando dentro dos ônibus lotados nos congestionamentos, enquanto os bacanas do poder vão de helicóptero. A chuva aliviou, mas os alagamentos permanecem e comprometem todo o trânsito. A represa de Guarapiranga está ficando com a qualidade da água comprometida.

Mais da metade das vítimas de roubo não procurou a polícia, diz IBGE

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As estatísticas criminais no país não são confiáveis, pois ou os dados não são registrados na polícia, ou os governos estaduais maqueiam os números, encontrando maneiras de torná-los mais "ajustados" aos seus interesses. O IBGE estima que 3,1 milhões de pessoas, em 6 milhões não notificam a polícia da ocorrência de roubos.  Um das causas (23,1% dos entrevistados que foram roubados) é desconfiança na polícia, provocada por casos de corrupção. Isto mostra o grau de insatisfação da população em relação aos serviços prestados pela polícia. E este sentimento de desconfiança é diferenciado entre os vários segmentos sociais. Podemos imaginar uma família de operários da periferia, e uma família dos jardins ou da Vila Madalena? É obvio que há diferenças de percepção entre os dois segmentos. Em Belém do Pará, apenas 14,6% dos seus moradores dizem sentir-se seguros na cidade. Em segundo e terceiro lugares, vem respectivamente Rio de Janeiro e Brasília. 11,9 milhões de pessoas entr