A palavra amigo é, provavelmente, a mais forte que ja conheci.
Vejo até em minha esposa, mais uma amiga que qualquer coisa.
Se bobear, até no filhos vejo assim também
Às vezes, pensamos que a distância e o tempo são suficientes para nos fazer apagar as amizades, pela simples falta de contato.
Lógico que, ainda que desejasse que estivessem iguais, guardo junto uma curiosidade do que eles se tornaram, como pensam, o que fazem.
Como gostaria de um mundo unido e fraterno, mas a cada passo que dou, ele se divide, e me vejo, às vezes, enfraquecido em minhas esperanças.
Outro amigo é de antes, do período de colégio, o Vieirinha.
Vejo até em minha esposa, mais uma amiga que qualquer coisa.
Se bobear, até no filhos vejo assim também
Às vezes, pensamos que a distância e o tempo são suficientes para nos fazer apagar as amizades, pela simples falta de contato.
Entretanto, a questão de uns dois anos para cá, tenho me empenhado em rastrear velhas amizades hoje desconectadas, para usar um termo mais atual, e tentar restabelecer o contato, para ver em que ponto estamos em relação ao que éramos.
Lógico que, ainda que desejasse que estivessem iguais, guardo junto uma curiosidade do que eles se tornaram, como pensam, o que fazem.
Um tempo atrás, localizei o e-mail de um colega da universidade, o Zezo. Havia localizado uma foto sua na internet, assessorando um prefeito de Campinas. À primeira vista, havia se bandeado para concepções contrárias às que ele acreditava antes. Mas amizade é amizade, e telefonei-lhe para saber da vida e conversarmos um pouco.
Logo percebi que estava todo alegre e cheio de si, o que era bom. Não demorou muito e convidou-me a correr com ele no Parque Villa Lobos. Declinei do convite, e percebi que um abismo se abrira em nossa relação. Não liguei mais, pois sei que temos pouca identidade na visão de um monte de coisas. Ele continua sendo alguém importante para mim, mas há caminhos e caminhos.
Como gostaria de um mundo unido e fraterno, mas a cada passo que dou, ele se divide, e me vejo, às vezes, enfraquecido em minhas esperanças.
Outro amigo é de antes, do período de colégio, o Vieirinha.
Saíamos todos os sábados juntos, para ir aos bailinhos que aconteciam. Até arrumamos namoradas primas entre si, devido à proximidade. Localizei-o no Pará. É professor de letras, jamais imaginaria isto. Pesquizei uma prisão no passado que também passamos juntos, num clássica pixação na avenida Francisco Matarazzo, em plena ditadura. Disse-me que não ficou rico, como se isto fosse ruim. Conforte-lhe, mas não entrei em detalhes. Não importa se acumulamos ou não, importa como estamos, no que acreditamos e o que fazemos hoje.
Nesta sexta encontrei outro amigo. João Gomes. Trabalhamos juntos em treinamento, em duas empresas. Firmamos sólida amizade, e há uns 25 anos, pelo menos, não nos víamos. Ele mora no Maranhão. Encontramos-nos em um Shopping. Trouxe sua companheira. conversamos bastante e vimos que, apesar de tantas opiniões contrárias, sabemos encará-las sem nos destruirmos. foi bom.
Outros amigos já morreram, caso de Flávio Maia, grande poeta desconhecido, até hoje vivo em minha memória.
O Onça, o Gugu, a Veroca, e outros tantos, ficar dizendo nomes vai me deixar sendo injusto pelo esquecimento, e saudosista, o que abomino, pois amo o presente.
É que a gente vai envelhecendo,e..
Termino deixando um poema meu sobre as amizades
DO FUNDO DO PEITO
Os amigos
Permanecem
Num período
Inacessível,
Atemporal.
Quanto mais
Trocamos
Nossos interiores,
Juntando angústias
Que se confortam
Na lucidez
De um e outro,
Menos
Somos entendidos
Por todos.
Com lágrimas
E consolo,
Sobre as classes
E preconceitos,
Nossos ombros
Sustentam
Reveses,
Perseguições,
Dores.
Assim,
A vida flui
Despercebida;
Só me dou conta
Tarde
Dos desertos
Povoados.
As cidades
São infinitas,
Entretanto,
Não contém
Nossa ausência
De respostas.
Sem
Explicarmos
Tomamos
Direções
Diversas.
Reclinado
Na memória
Do sentido,
Reconheço
Este pedaço
De perda de alma
Esta falta
Comigo mesmo,
Que somente
Os amigos
Completam.
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