Ora o que farei...
Serei muito mais
do que agora,
senão morrerei.
Que durma pouco
e aprecie o dia,
sem me fechar
em casa.
Porque dormir
não acrescenta nada
e me torna inútil.
Que rompa
a preguiça
e me ponha cedo
de pé.
E me recicle
das novidades,
descartando
as reliquias,
as posturas.
Possa me ver
compreensivo
e direto,
mais silencioso
no meio
da gritaria.
O ano que vem
será derradeiro.
Quem sabe
não faça
outra universidade,
me redescubra
escritor,
jornalista,
advogado,
médico,
tudo que sempre
desejei ser,
mas perdi
na imensa
multiplicidade,
que levou
a nada.
Ah...
que eu me pego ligando
para o meu passado:
para o meu passado:
Alô!
Sim passou...
Sim passou...
Estamos outros,
é verdade.
Sim...
Queria saber
se você
também percebeu!
Não?
O passado te segue?
...não ouvi o sorriso aberto
de quem descobriu a verdade
e está satisfeito.
Como chegar
ao ano novo,
que exige o novo,
se não me esforço
por renovar?
Manter
o que nunca pode
ser mantido...
Sim...
arvorar-me
por sobre o mundo,
desejar a vida
a todo instante,
saber que a temporalidade
leva a uma infinitude.
Senão,
por que seguir?
Se a nada se chega,
nada se cobra.
Em 2011
vou aprender
uma dança nova,
um canto novo,
lançar mais um livro,
vestir roupas novas,
entrar na moda,
plantar a árvore
da ciência
do bem e do....
do bem e do....
bem também,
porque o mal
é para ser expelido,
extraditado,
este sim, expulso
dos corações.
Vou buscar ser bom
fazer o bem
em tudo:
na política
e na família,
no geral
e no particular,
comigo mesmo,
perdoando-me,
eu que me acuso
em tudo.
Vou procurar
os pequenos,
em 2011,
se vou...
e sentar-me
no papelão
das ruas,
para ouvir
alguém
falar comigo
cheio de
sinceridade,
eu carente
de gente.
Em 2011
conseguirei
perdoar
os inimigos,
que continuam
lutando
comigo
em minha
mente.
Vou eliminar
os cartéis
e os cartórios
no ano que entra:
nada de grupos,
nem de provas
Vale a assinatura
da vida,.
Vale ser
de uma vez
por todas.
.
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