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Erradicar a pobreza? Só com crescimento e distribuição de renda

Vejo matéria nos jornais de que a classe C é a que adquire praticamente a metade os produtos eletrônicos colocados no mercado brasileiro.

Interessante também é o fato de se identificar queda de consumo das classes A e B de 55% para 37% neste mesmo segmento de produtos. Não creio que seja perda de poder aquisitivo, mas hábito de consumo diferenciado, pois este segmento já possui de quase tudo, e foca seus recursos em outros negócios.

E o microcomputador está na linha de frente destas compras da classe C, o que nos faz imaginar que novos segmentos sociais no Brasil são ou serão consumidores atraídos não só por canais abertos de TV e rádio, mas também pelos sítes das empresas, em ações combinadas dos dois veículos de comunicação, dando a entender o papel cada vez maior da internet junto a população.

O aumento destas vendas significa também que há uma pequena poupança neste setor da população, que lhe permite um nível de consumo melhor.

Tudo isto está na dependência direta do processo de crescimento da economia, com aumento da oferta de empregos, que proporciona melhor distribuição de renda. Simples e real.

Não existe erradicação da pobreza em abstrato.

É preciso haver crescimento econômico a taxas iguais ou superioras a  5% aa(Ipea)., principalmente dentro deste modelo capitalista de desenvolvimento, agregando distribuição de renda.

A erradicação da pobreza, no entanto, não significará, neste modelo, a redução da concentração de renda.

É inclusão com concentração de renda o que estamos vivendo, que é uma questão para ser discutida pelos movimentos sociais, para lutar e influir junto ao governo.

Não é preciso dizer que não se negocia com o desenvolvimento do país. Estamos de olho.

Atenção Dilma com esta jogada que está se estendendo há bastante tempo, do governo norteamericano ir baixando o valor do dólar, prejudicando as exportações do nosso país. São necessárias contra-táticas.

E, ainda por cima, agora injetar milhares de dólares na economia dos EUA, inflacionando mais os emergentes, como o nosso querido Brasil, podendo tornar nossa balança comercial negativa, cada vez mais importadora, e exportaora de commodities.

É preciso também, que existam políticas bem claras de defesa de nossas reservas cambiais, para que elas não escoem pelo bueiro de alguma crise montada.

As nossas reservas cambiais não são moeda de troca para crises provocadas. São patrimônio nacional, esforço do trabalho dos brasileiros transformado de dinheiro.

É preciso recuperar condições de retomar as exportações em níveis desejados, superiores às importações, que  desmontem esta jogada da desvalorização do dólar.

É preciso também investir em tecnologia, principalmente nos setores onde a iniciativa privada não tenha como desenvolver.

Ações preditivas para a economia, é o que queremos. Ninguém quer chorar sobre o leite derramado.

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