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O salário acaba na compra dos remédios

Dois meses após as eleições parece que a vida retoma o seu caminho, mas a verdade que foi levantada durante a campanha não deixou de existir.

Só que agora não há eco.

Mas as pessoas que necessitam de atendimento hospitalar continuam vivendo as mesmas dificuldades de atrasos na marcação de consultas, de condições precarias de atendimento, etc.

Entre as dificuldades estão os remédios.

A indústria farmacêutica vive da doença das pessoas.

Quando mais enfermo, mais ela fatura com venda de medicamentos.

Esta é uma área onde a presença do Estado tem que ser predominante.

É inconcebível, e anti ético, usar da enfermidade para o enriquecimento de alguns privilegiados.

O Brasil precisa caminhar cada vez mais para uma medicina do estado, não privada.

Estes dias li que o governo do estado de São Paulo quer aprovar, a toque de caixa, com Alberto Goldman, uma lei que obriga o pagamento do serviço hospitalar público de São Paulo para pacientes que tenham convênio médico particular.

Já pensou.

Está aí mais uma ´porta de entrada da privatização do serviço hospitalar público.

Me poupe governador.


Ora, se até Obama começou a copiar o exemplo do SUS nos EUA, porque o Governo de São Paulo quer iniciar a privatização do serviço hospitalar, via conveniados que vão ao serviço público?

Quem paga convênios médicos deixa a cueca na porta do convênio e nunca é bem atendido.

Sim, paga mensalidades escorchantes, e quanto mais velho vai ficando,  paga mais e menos direitos de exames tem.

Aliás, ficar velho é um problema para os convênios particulares, que vão aumentando as mensalidades cada vez mais.

É, ser velho não é interessante para a saúde privada.

Então de duas uma: ou deixamos de envelhecer , ou alteramos esta relação imoral de privatização do serviço médico em relação ao público.

Então que a privatização dê lugar a uma serviço público. Mas é necessário um serviço público de qualidade.


Dilma, pesquisa feita mostra que a área de saúde está em primeiro lugar nas preocupações dos brasileiros. Pé na tábua Dilma, com o SUS.

Parece que Alexandre Padilha será o seu Ministro da Saúde, então fique e cima dele.

Estou em mãos com uma pesquisa em Sampa que mostra que os remédios tem preços que variam 1181,52% nas farmácias, e entre as mesmas redes de farmácias, e atenção, os genéricos também variam em torno de 122,23% .

Tem condições de se viver assim?

Tá todo mundo proibido de ficar doente!

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