Pular para o conteúdo principal

Quanto mais WikiLeaks divulga, mais os EUA se elameiam furiosos

Informações que no início pareciam fofoquinhas de diplomatas, vai se revelando, divulgação a divulgação, o quanto o governo americano se imiscui na vida de outras nações, ardoroso por assumir o papel de gendarme do "mundo livre".

Estes dias foi revelado a relação de multis do petróleo com José Serra, envolvendo o Pré-sal, com críticas fortes dele ao contrato estabelecido pelo governo neste caso. O candidato do PSDB foi logo desmentindo, afirmando que não usa desta linguagem apresentada ("esse pessoal do PT"). Mas nós, que o acompanhamos na campanha, vemos bastante semelhança. Fica o dito pelo não dito.

Fizeram looby no Congresso Nacional e conseguiram que não fosse votado por estes últimos 7 anos uma lei que quebra a patente dos remédios contra a AIDS, favorecendo as Multis da indúsria famacêutica, de forte presença norteamericana. É de conhecimento de todos que o Brasil quebrou este monopólio para poder tratar a custos mais baixos, dos portadores do vírus da AIDS, em luta acirrada contra as Multis do setor, que pouco se dão de alguma tarefa nobre. Querem mesmo é o dindin para si, beneficiando-se da doença que se espalha. 

Agora fazem uma análise do MST. O MST é analisado em sua relação com o Governo Lula. O que se pergunta é o por quê deste interesse em nossos conflitos particulares?

Há alguma estratégia geral do governo americano, que precisa ser preenchida com situações específicas das outras nações, para estabelecer sua linha de ação?

Surge ainda um acordo secreto de defesa da Colômbia com os EUA, contra a Venezuela.

Aqui, se esconde um interesse da era Bush de açambarcar a Amazônia, sendo um conflito na região a forma inicial para instaurar este domínio.

Até na vida do Vaticano os embaixadores americanos se envolveram, enxeridos.

Críticas à baixa qualidade tecnológica, à falta de criatividade, entre outros, veio à tona nesta espionagem.

Não é novidade para ninguém que contribui para o domínio de grandes nações, como no caso do Brasil, a desfiguração de suas identidades religiosas nacionais, com a introdução de uma multiplicidade de credos, propícia à fragmentação das organizações populares.

É por esse e outras que o México se manteve rígido contra a introdução da fragmentação religiosa americana.

Este exemplo vale para o próprio EUA, a despersonalização da identidade americana.

Sabem qual foi a resposta da diplomacia americana sobre esta espionagem? Vejam:
"Por sua vez, o embaixador dos EUA junto à Santa Sé, Miguel H. Diaz, numa nota publicada esta manhã, condena “da maneira mais forte possível” a publicação de documentos reservados do Departamento de Estado. A Embaixada norte-americana – lê-se na nota – “não fará nenhum comentário sobre o conteúdo ou autenticidade de tais informações”.

É assim mesmo, não dão satisfação das chafurdadas, neste mar de lama que criam por onde passam.

E pensar, uma nação desenvolvida, que deseja se colocar como padrão, exemplo para a humanidade, fazendo uma coisa destas, a descredencia na tentativa de querer retomar seu papel imperial, hoje decadente.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

O POVO DE RUA DE UBATUBA

 Nos feriados, a cidade de Ubatuba dobra o seu número de habitantes. Quando isso acontece, logo retiram os moradores em situação de rua, de seus locais, porque consideram que estes prejudicam a "imagem" da cidade. A questão é que os moradores de rua somente são lembrados quando são considerados prejudiciais à cidade. Não existe em Ubatuba uma política de valorização do povo de rua, capaz de diagnosticar o que impede eles de encontrar saídas dignas para suas vidas. Não existe sequer um local de acolhimento que lhes garanta um banho, uma refeição e uma cama. Saio toda semana para levar comida e conversar com eles.  Alguns querem voltar a trabalhar, mas encontram dificuldade em conseguir, tão logo sabem que eles vivem na rua e não possuem moradia fixa. Outros tem claro problema físico que lhes impede mobilidade. Outros ainda, convivem com drogas legais e ilegais.  O rol de causas que levaram a pessoa viver na rua é imenso, e para cada caso deve haver um encaminhamento de sol...

PEQUENO RELATO DE MINHA CONVERSÃO AO CRISTIANISMO.

 Antes de mais nada, como tenho muitos amigos agnósticos e ateus de várias matizes, quero pedir-lhes licença para adentrar em seara mística, onde a razão e a fé ora colidem-se, ora harmonizam-se. Igualmente tenho muitos amigos budistas e islamitas, com quem mantenho fraterna relação de amizade, bem como os irmãos espíritas, espiritualistas, de umbanda, candomblé... Pensamos diferente, mas estamos juntos. Podemos nos compreender e nos desentender com base  tolerância.  O que passo a relatar, diz respeito a COMO DEIXEI DE SER UM ATEU CONVICTO E PASSEI A CRER EM JESUS CRISTO SEGUINDO A FÉ CATÓLICA. Bem, minha mãe Sebastiana Souza Naves era professora primária, católica praticante,  e meu pai, Sólon Fernandes, Juiz de Direito, espírita. Um sempre respeitou a crença do outro. Não tenho lembrança de dissensões entre ambos,  em nada; muito menos em questões de religião. Muito ao contrário, ambos festejavam o aniversário de casamento, quando podiam, indo até aparecida d...