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Ipea traz ótima notícia


Pobreza extrema pode ficar abaixo de 1% em 2013, diz Ipea

Para instituto, programa Brasil Carinhoso pode reduzir a miséria em um ano; Ipea usou, entretanto, dados mais otimistas do que o próprio governo

Gabriel Castro, de Brasília
Dilma Rousseff, discursa ao visitar a Olimpíada do Conhecimento, evento promovido pelo Senai, em parceria com o Sesi e o Sebrae, no Pavilhão de Exposições do Anhembi
Dilma tem mais dois anos para cumprir promessa de erradicar a pobreza (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O índice de pobreza extrema no Brasil pode cair para 0,8% da população já em 2013, de acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quarta-feira. Em 2011, segundo o instituto, 3,4% dos brasileiros se incluíam nessa categoria – cujos integrantes recebem uma renda mensal per capita inferior a 70 reais. 
O Ipea aponta como maior propulsor da mudança em andamento o programa Brasil Carinhoso, lançado pelo governo federal em maio deste ano e reformulado no mês passado. O programa garante a todas as famílias cadastradas no Bolsa Família uma renda per capita de pelo menos 70 reais, independentemente do número de filhos.
A pesquisa aponta que o Brasil Carinhoso também pode reduzir – já em 2013 – o índice de pobreza extrema de 5,9% para 0,6% na faixa etária de 0 a 15 anos.
Sem limite – Embora preveja benefícios considerando o número de crianças e jovens em cada família, o Bolsa Família distribui auxílio financeiro para famílias com, no máximo, cinco crianças e dois jovens cada uma.
Já no Brasil Carinhoso, o número de pessoas beneficiadas não tem limites: o valor pago leva em conta o total necessário para que a família alcance uma renda per capita de 70 reais mensais – exatamente o limite considerado para a superação da pobreza extrema. Um casal com oito filhos e renda total de 200 reais passou a receber, por mês, 500 reais de auxílio.
O presidente do Ipea, Marcelo Néri, afirma que a atenção especial à população infantil tem efeitos duradouros. "No Brasil, a política social é muito curativa e pouco preventiva: deixa o problema se formar e depois tenta lidar com ele”, analisou. “Atuar na infância é tentar fazer que a pessoa tenha uma vida digna desde o primeiro momento.”
O responsável pelo estudo, Rafael Osório, afirma que a ampla cobertura do Brasil Carinhoso deve deixar um índice residual de pobreza extrema, que poderá ser corrigido com mais facilidade. “A partir daí, vai faltar pouca gente para receber esse empurrão e chegar na linha dos 70 reais per capita.”
Divergência – Os dados utilizados pelo Ipea na pesquisa, entretanto, diferem dos citados pelo governo durante o lançamento do Brasil Carinhoso: o Planalto se baseou no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para concluir que 8,5% (e não 3,4%) da população vive na pobreza extrema.
O Ipea afirma que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, também do IBGE, subestima o total de incluídos no Bolsa Família. Por isso, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada alterou os dados por conta própria e acrescentou 2,7 milhões de famílias às estatísticas dos beneficiários.
A erradicação da pobreza extrema foi uma das principais promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff, que tem mais dois anos de mandato para cumprir o objetivo.

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