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Eleição do Sindicato dos Metalúrgicos inicia tensa em S. José


NOSSA REGIÃO
March 1, 2012 - 03:00


Votação no Sindicato dos Metalúrgicos
Thiago Leon
Pleito do maior sindicato da região começa com boataria 
nas fábricas e problemas em documentação; votação termina hoje
Arthur Costa
São José dos Campos

O primeiro dia da eleição do novo comando do Sindicato dos 
Metalúrgicos de São José foi marcado por ‘boataria’ na porta 
das fábricas e problemas na votação por falta de documentação.
A chapa 2, da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras 
do Brasil), afirma que, pela manhã, militantes da chapa 1, da 
Conlutas, percorreram as fábricas dizendo que a chapa 2 
havia desistido do pleito. “Foram dizer que tínhamos desistido 
da eleição. Essa é a chapa da mentira”, afirmou o candidato 
da CTB, Nilson Araya, o ‘Chileno’. A Conlutas nega o episódio 
e relata que a recepção dos metalúrgicos à sua proposta tem 
sido “muito positiva”. “A eleição está correndo bem, tranquila. 
Pudemos perceber que os metalúrgicos querem manter o modelo do 
sindicato” afirmou o candidato da chapa 1, Antonio Ferreira Barros, 
o ‘Macapá’. Outra reclamação da CTB é quanto à postura dos 
fiscais da Conlutas. “Pessoas com crachá de fiscal estão 
fazendo boca de urna. Um absurdo”, disse Araya.

Eleição. Nas 59 urnas distribuídas pelas empresas da região, 
há fiscais das duas chapas identificados por um crachá para 
manter a lisura do pleito. Ao todo, cerca de 400 pessoas 
trabalham na organização da eleição.
As urnas foram levadas às fábricas a partir das 4h. Ao final 
do dia, foram recolhidas e levadas à sede do sindicato, de onde
 partem hoje a partir das 4h para o último dia do pleito.
Em algumas fábricas, funcionários tiveram dificuldade para votar. 
A principal reclamação foi a vinculação de eleitores em listas 
diferentes dos setores em que atuam. Essas pessoas foram 
impedidas de votar e devem concretizar sua escolha hoje nas urnas.
De acordo com o presidente da comissão eleitoral, João Zafalão, 
nenhuma ocorrência foi registrada ontem.
Sobre as irregularidades apontadas pelo candidato da CTB, 
ele afirmou não ter recebido reclamação.
“Não estava sabendo disso. Há mesários das duas chapas 
em todas as urnas e ninguém nos procurou”, disse Zafalão.

Campanha. A corrida pelo voto foi centralizada na General 
Motors, maior colégio eleitoral da categoria. Dos 15 mil sócios 
aptos a votar, 7.000 são da GM. Barros e Araya ficaram na 
fábrica o dia todo.
“O número de votantes foi significativo na GM. Pelo menos 
60% dos trabalhadores já votaram”, disse Barros.
“Ainda tem muita gente pra votar. Vamos continuar aqui 
(GM) lutando a cada voto”, afirmou Araya.
O vencedor, que comandará o sindicato até 2015, 
será conhecido amanhã.

MACAPÁ
Macapá
Nome: Antonio Ferreira Barros, conhecido como ‘Macapá’
idade: 31 anos
central sindical: Chapa 1, da Conlutas, apoiada pelo PSTU
base de atuação: General Motors
Experiência: Trabalha como operador de CKD na G M desde 2007. 
É diretor do sindicato desde 2009, estando à frente das negociações 
da campanha salarial e melhores condições
Propostas: Dar início a conversas com a GM sobre investimentos
futuros da empresa na planta de São José. Consolidar negociações 
com empresas que pretendem se instalar na região. 
Lutar por PLRs e salários atrativos para a categoria

CHILENO
Chileno
nome: Nilson Araya, conhecido como ‘Chileno’
idade: 33 anos
Central sindical: Chapa 2, da CTB, apoiada pelo PC do B e pelo PT
base de atuação: General Motors
Experiência: Trabalha na GM há sete anos e meio. Atualmente é montador 
de autos no setor do MVA. Foi cipeiro por 3 mandatos. É formado em
 Direito pela Univap e não tem filiação partidária
Propostas: Aumentar o diálogo com lideranças empresariais e
 políticas da região. Pôr fim às demissões na unidade da GM 
em São José. Buscar novos investimentos para a região

‘Campanha deveria ter sido mais forte’Lideranças afirmam que a campanha da chapa 2 deveria ter 
sido mais incisiva. O presidente da Assecre (Associação dos 
Empresários dos Chácaras Reunidas), Fernando Lima, considerou 
que o episódio do Pinheirinho poderia ter sido melhor usado.
 “Ficou claro que os metalúrgicos não concordaram com o 
uso do sindicato no Pinheirinho. A chapa 2 deixou de ganhar votos.”


Empresário prega diálogo com grupo 
O diretor regional do Ciesp de São José, Almir Fernandes, disse 
que a rejeição pela chapa 1 pode dar a vitória à CTB. “Trabalhadores 
estão sentindo na pele o risco de demissões com esse sindicato 
no poder”, disse. Já o presidente da ACI, Felipe Cury, afirmou 
que Taubaté e São Caetano do Sul são exemplos de que o 
diálogo entre sindicato e empresas gera empregos.


Retirado do jornal O Vale

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