Pular para o conteúdo principal

Cristãos sírios: pelas reformas e contra a ingerência


Retirado do Zenit
Mor Gregorios de Aleppo visita a Alemanha e avisa que a guerra civil pode ser longa
HAMBURGO, sexta-feira, 9 de março de 2012 (ZENIT.org ).- O metropolita sírio ortodoxo de Aleppo, Mor Gregorios Yohanna Ibrahim, disse durante um debate em Hamburgo, Alemanha, que os cristãos e as outras minorias são toleradas pelo governo Assad.
“Nós não somos perseguidos. Duvido que alguém possa me dar um exemplo de um país com mais tolerância do que a Síria”, afirmou.
O debate aconteceu na Academia Católica de Hamburgo. Os líderes eclesiais sírios reiteraram que os cristãos do país, em comum acordo, apoiaram todas as manifestações pacíficas e os protestos que pediam “reformas em todos os níveis”. Mas protestaram contra qualquer intervenção. “Não precisamos de nenhuma ingerência de ninguém”. O metropolita advertiu sobre uma guerra civil prolongada: “É possível que a Síria seja o segundo Líbano depois de 1975”.
Os participantes no debate foram repetidamente interrompidos por gritos e vaias do auditório de mais de duzentas pessoas. Também na mesa houve ondas de exaltação. Os dois convidados sírios mostraram profundo desacordo ao avaliarem a situação do país.
Bassam Ishak, porta-voz do Conselho Nacional Sírio, discordou do metropolita e destacou que os cristãos na Síria estão sujeitos, sim, a uma cruel perseguição. Eles estariam sendo isolados economicamente e impedidos de ter acesso à terra e ao trabalho, por exemplo.
A comissão de Direitos Humanos das Sociedades Missionárias Pontifícias daAlemanha, Otmar Oehring, ressaltou que os sírios temem um vazio de poder que poderia dar vantagens a forças como os Irmãos Muçulmanos. O Iraque teve guerrilheiros do Afeganistão no país que provocaram o caos. “Mas é inaceitável que muita gente de Igreja, inclusive do setor católico, louve o regime de Assad”, afirmou Oehring.
O metropolita de Aleppo fez recentemente um apelo às facções adversárias, publicado na revista Christian Orient Information, pedindo para renunciarem à violência e optarem por “um diálogo em clima de unidade nacional”. Ele alertou contra as tendências de divisão, contra a guerra civil e contra a intervenção estrangeira.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

O POVO DE RUA DE UBATUBA

 Nos feriados, a cidade de Ubatuba dobra o seu número de habitantes. Quando isso acontece, logo retiram os moradores em situação de rua, de seus locais, porque consideram que estes prejudicam a "imagem" da cidade. A questão é que os moradores de rua somente são lembrados quando são considerados prejudiciais à cidade. Não existe em Ubatuba uma política de valorização do povo de rua, capaz de diagnosticar o que impede eles de encontrar saídas dignas para suas vidas. Não existe sequer um local de acolhimento que lhes garanta um banho, uma refeição e uma cama. Saio toda semana para levar comida e conversar com eles.  Alguns querem voltar a trabalhar, mas encontram dificuldade em conseguir, tão logo sabem que eles vivem na rua e não possuem moradia fixa. Outros tem claro problema físico que lhes impede mobilidade. Outros ainda, convivem com drogas legais e ilegais.  O rol de causas que levaram a pessoa viver na rua é imenso, e para cada caso deve haver um encaminhamento de sol...

PEQUENO RELATO DE MINHA CONVERSÃO AO CRISTIANISMO.

 Antes de mais nada, como tenho muitos amigos agnósticos e ateus de várias matizes, quero pedir-lhes licença para adentrar em seara mística, onde a razão e a fé ora colidem-se, ora harmonizam-se. Igualmente tenho muitos amigos budistas e islamitas, com quem mantenho fraterna relação de amizade, bem como os irmãos espíritas, espiritualistas, de umbanda, candomblé... Pensamos diferente, mas estamos juntos. Podemos nos compreender e nos desentender com base  tolerância.  O que passo a relatar, diz respeito a COMO DEIXEI DE SER UM ATEU CONVICTO E PASSEI A CRER EM JESUS CRISTO SEGUINDO A FÉ CATÓLICA. Bem, minha mãe Sebastiana Souza Naves era professora primária, católica praticante,  e meu pai, Sólon Fernandes, Juiz de Direito, espírita. Um sempre respeitou a crença do outro. Não tenho lembrança de dissensões entre ambos,  em nada; muito menos em questões de religião. Muito ao contrário, ambos festejavam o aniversário de casamento, quando podiam, indo até aparecida d...