Alguém me ajude!
Tenho uma dor no peito
que não quer deixar-me.
Alojou-se
definitivamente,
independentemente
de mim,
uma estranha.
Rebelde,
não reconhece a morte
e exige a vida,
não aceita distâncias
e quer proximidade.
Dor estranha
de mim,
e minha,
ao mesmo tempo.
Quisera não tê-la,
submetê-la
aos meus desejos.
Não posso!
Não consigo!
Então fique!
Permanece aí mesmo
onde estás,
exigindo
pedidos
impróprios.
Em um Mundo Novo,
quem sabe,
esta dor realizar-se-á
de seu sonho utópico,
e verei renascer
das cinzas
todos,
translúcidos,
joviais,
eternos.
Mas,
por enquanto,
ajudem-me
a retirar
esta dor,
que não
consigo.
Dor estranha
de mim,
comigo.
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