Sem propina, não se faz
obra pública, alega advogado
Mário Oliveira, defensor do lobista Fernando
Soares, diz que os pagamentos são rotineiros

Fernando Baiano, que irá depor amanhã à PF, foi ontem ao IML para fazer exame de corpo de delito
Foto: Geraldo Bubiak
Rio - Advogado do lobista Fernando Soares, conhecido como
Fernando Baiano, Mario de Oliveira Filho afirmou ontem que,
no Brasil, não se faz obra pública sem “acerto” e que quem
nega isso “desconhece a história do país’. Apontado como
operador do PMDB em esquema de desvio de recursos na
Petrobras, Fernando Baiano vai depor amanhã.
O lobista se entregou anteontem na sede da Polícia Federal
de Curitiba e é um dos 24 presos que tiveram a prisão decretada
na sexta-feira pela Operação Lava Jato — 11 deles já foram
liberados.
na Operação Lava Jato são “vítimas da cultura política do país”.
Oliveira Filho negou, no entanto, que seu cliente tenha
intermediado pagamento de propina em obras da Petrobras.
A participação de Baiano foi citada em depoimentos feitos pelo
doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da Petrobras Paulo
Roberto Costa. “Estão tratando ele como bode expiatório. Ele é
um empresário que descobre um problema de infraestrutura e vai
atrás da solução, vai atrás da empresa que tem a solução, recebendo
uma porcentagem absolutamente legítima disso”, justificou o advogado.
Segundo os depoimentos de Youssef e de Paulo Roberto Costa,
Fernando Baiano seria o operador do PMDB no esquema de corrupção
na Petrobras. Mas, de acordo com Oliveira Filho, Baiano não tem
relações com o partido. “Dizem que ele é ligado ao PMDB.
Perguntei para ele, e ele disse que não conhece o Renan Calheiros,
que nunca viu e que não tem ligação nenhuma com o PMDB”, afirmou.
O advogado voltou a dizer que Baiano foi “surpreendido” com
o pedido de prisão decretado na sexta-feira. Segundo ele, seu
cliente tinha passagem marcada para Curitiba para depor na
Polícia Federal. “Ele abriu mão de depor no Rio, onde mora,
para vir a Curitiba esclarecer tudo. Estava colaborando com
a Justiça”, afirmou.
Polícia Federal ouve executivo da Camargo Corrêa
O vice-presidente da empreiteira Camargo Corrêa, Eduardo Leite,
poderá “colocar a mão à palmatória” em novo depoimento à Polícia
Federal. A afirmação é de Cláudio Mariz de Oliveira, advogado de Leite.
Ao depor ontem pela manhã, o executivo da Camargo Corrêa
respondeu apenas a questionamentos básicos sobre sua função
na empreiteira. Por orientação de seu advogado, ele não respondeu
as perguntas sobre contratos firmados entre a construtora e a Petrobras.
Anteontem, Sérgio Mendes, presidente da Mendes Júnior, confessou
à Polícia Federal que pagou R$ 8 milhões ao doleiro Alberto Yousseff,
a mando do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa.
Segundo Mariz de Oliveira, seu cliente não se <MC0>manifestou
porque não teve acesso ao teor das acusações. O advogado
observou, porém, que Leite poderá falar em novo depoimento,
depois que a defesa tiver acesso ao inquérito. “Vamos colaborar.
Vamos tomar conhecimento de todos os fatos e aí podemos
colaborar com um depoimento mais específico na sequência”,
disse o advogado.
Ele confirmou ter entrado com um pedido de liberdade para
seu cliente. “Nós já entramos com o pedido de Habeas Corpus.
Por enquanto, ele permanece preso”, disse.
Fernando Baiano, Mario de Oliveira Filho afirmou ontem que,
no Brasil, não se faz obra pública sem “acerto” e que quem
nega isso “desconhece a história do país’. Apontado como
operador do PMDB em esquema de desvio de recursos na
Petrobras, Fernando Baiano vai depor amanhã.
O lobista se entregou anteontem na sede da Polícia Federal
de Curitiba e é um dos 24 presos que tiveram a prisão decretada
na sexta-feira pela Operação Lava Jato — 11 deles já foram
liberados.
“O empresário, se porventura faz alguma composição ilícita
com político para pagar alguma coisa, é porque se ele não fizer
isso não tem obra. Pode pegar qualquer empreiteira e prefeitura
do interior do país. Se não fizer acerto, não coloca um
paralelepípedo no chão”, afirmou Oliveira Filho.
O advogado do lobista disse ainda que os empresários detidoscom político para pagar alguma coisa, é porque se ele não fizer
isso não tem obra. Pode pegar qualquer empreiteira e prefeitura
do interior do país. Se não fizer acerto, não coloca um
paralelepípedo no chão”, afirmou Oliveira Filho.
na Operação Lava Jato são “vítimas da cultura política do país”.
Oliveira Filho negou, no entanto, que seu cliente tenha
intermediado pagamento de propina em obras da Petrobras.
A participação de Baiano foi citada em depoimentos feitos pelo
doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da Petrobras Paulo
Roberto Costa. “Estão tratando ele como bode expiatório. Ele é
um empresário que descobre um problema de infraestrutura e vai
atrás da solução, vai atrás da empresa que tem a solução, recebendo
uma porcentagem absolutamente legítima disso”, justificou o advogado.
Segundo os depoimentos de Youssef e de Paulo Roberto Costa,
Fernando Baiano seria o operador do PMDB no esquema de corrupção
na Petrobras. Mas, de acordo com Oliveira Filho, Baiano não tem
relações com o partido. “Dizem que ele é ligado ao PMDB.
Perguntei para ele, e ele disse que não conhece o Renan Calheiros,
que nunca viu e que não tem ligação nenhuma com o PMDB”, afirmou.
O advogado voltou a dizer que Baiano foi “surpreendido” com
o pedido de prisão decretado na sexta-feira. Segundo ele, seu
cliente tinha passagem marcada para Curitiba para depor na
Polícia Federal. “Ele abriu mão de depor no Rio, onde mora,
para vir a Curitiba esclarecer tudo. Estava colaborando com
a Justiça”, afirmou.
Polícia Federal ouve executivo da Camargo Corrêa
O vice-presidente da empreiteira Camargo Corrêa, Eduardo Leite,
poderá “colocar a mão à palmatória” em novo depoimento à Polícia
Federal. A afirmação é de Cláudio Mariz de Oliveira, advogado de Leite.
Ao depor ontem pela manhã, o executivo da Camargo Corrêa
respondeu apenas a questionamentos básicos sobre sua função
na empreiteira. Por orientação de seu advogado, ele não respondeu
as perguntas sobre contratos firmados entre a construtora e a Petrobras.
Anteontem, Sérgio Mendes, presidente da Mendes Júnior, confessou
à Polícia Federal que pagou R$ 8 milhões ao doleiro Alberto Yousseff,
a mando do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa.
Segundo Mariz de Oliveira, seu cliente não se <MC0>manifestou
porque não teve acesso ao teor das acusações. O advogado
observou, porém, que Leite poderá falar em novo depoimento,
depois que a defesa tiver acesso ao inquérito. “Vamos colaborar.
Vamos tomar conhecimento de todos os fatos e aí podemos
colaborar com um depoimento mais específico na sequência”,
disse o advogado.
Ele confirmou ter entrado com um pedido de liberdade para
seu cliente. “Nós já entramos com o pedido de Habeas Corpus.
Por enquanto, ele permanece preso”, disse.
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