Pular para o conteúdo principal

O Deus inimaginável e o correr da vida

Por vezes firmamos uma compreensão de Deus, segundo o formato de nossas mentes, às imagens e experiências que temos.
Não nos é, entretanto, possível ter uma compreensão de Deus, pois o Criador está acima da compreensão das suas criaturas.
Por isto Jesus Cristo, a encarnação de Deus, do verbo. Para visualizarmos, tanto quanto possível o inimaginável.
Deus, no entanto, não se esquiva de nós, muito menos pretende que não o conheçamos.
Deseja, isto sim, que mergulhemos em seu labirinto de amor, através de um não conhecimento, na escuridão da fé, como bem nos lembra São João da Cruz.
Quer que cheguemos ao termo final deste encontro, que é a unidade perfeito nEle.
Isto exige uma varrição de muitos aspectos acessórios de nossa fé, muitas vezes maculada pelo dia a dia, e por fórmulas preparadas, como se Deus tivesse caminhos preconcebidos.
Como nos diz São Paulo, precisamos nos examinar interiormente, identificando o que impede a alma de estar em perfeita unidade com Deus.
Afinal, Deus não pode ter o protagonismo em nossa fé?
Ou continuaremos a inundá-lo de tantos acessórios desnecessários, manipulando-o, fazendo mesmo, por vezes, ter de entrar em nosso jogo, para nos comunicar caminhos...
A experiência da Renovação Carismática, as experiências no Espírito, ajudaram e ajudam muito o fiel de  hoje a dar os primeiros passos em busca desta união. Entretanto, a desvinculação deste movimento para com a realidade, torna o Espírito um agente parcial, que não responde a todas as situações.
A experiência pastoral é fundamental na espiritualização do homem pós contemporâneo, envolto em diversidades de toda ordem, precisando conviver com a diversidade e levar o evangelho a todos, sem distinção.
Assim, nosso tempo estabelece fronteiras nos movimentos da Igreja, onde o Espírito vais sendo limitado em seu alcance.
Necessitamos superar estes limites, através da ampliação da ação evangelizadora, retirando aspectos morais, como prerrequisitos da participação.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

Profeta Raul Seixas critica a sociedade do supérfluo

Dia 21/08/2011 fez 22 anos que perdemos este incrível músico, profeta de um tempo, com críticas profundas à sociedade de seu tempo e que mantém grande atualidade em suas análises da superficialidade do Homem que se perde do principal e se atém ao desnecessário. A música abaixo não é uma antecipação do Rap? Ouro de Tolo (1973) Eu devia estar contente Porque eu tenho um emprego Sou um dito cidadão respeitável E ganho quatro mil cruzeirosPor mês... Eu devia agradecer ao Senhor Por ter tido sucesso Na vida como artista Eu devia estar feliz Porque consegui comprar Um Corcel 73... Eu devia estar alegre E satisfeito Por morar em Ipanema Depois de ter passado Fome por dois anos Aqui na Cidade Maravilhosa... Ah!Eu devia estar sorrindo E orgulhoso Por ter finalmente vencido na vida Mas eu acho isso uma grande piada E um tanto quanto perigosa... Eu devia estar contente Por ter conseguido Tudo o que eu quis Mas confesso abestalhado Que eu estou decepcionado... Porque ...

O que escondo no bolso do vestido - Poema de Betty Vidigal

Foi em uma conversa sobre a qualidade dos poemas, quais aqueles que se tornam mais significativos em nossa vida , diferentemente de outros que não sensibilizam tanto, nem atingem a universalidade, que Betty Vidigal foi buscar, de outros tempos este poema, "Escondido no Bolso do Vestido", que agora apresento ao leitor do Pó das Estradas, para o seu deleite. O que escondo no bolso do vestido  não é para ser visto por qualquer  um que ambicione compreender  ou que às vezes cobice esta mulher.  O que guardo no bolso do vestido  e que escondo assim, ciumentamente,  é como um terço de vidro  de contas incandescentes  que se toca com as pontas dos dedos  nos momentos de perigo,  para afastar o medo;  é como um rosário antigo  que um fiel fecha na palma da mão  para fazer fugir a tentação  quando um terremoto lhe ameaça a fé:  Jesus, Maria, José,  que meu micro-vestido esvoaçante  não v...