Tenho um amor de espera, um amor que aguarda. Não tem poder para sair ao
encontro, não tem forças para trazer a quem ama. Vive, como quem pode
alegrar-se a qualquer momento, como uma folhinha que passeia pelo vento e
logo cai. Um amor incapaz de amar por si só, e ama desconhecendo. Faz
declarações noturnas, e luta por abrir-se, uma vez que só aprendeu a
estar fechado. Um aprendizado de amor sem encontro definitivo, mas
facilmente identificado nos pobres e discriminados de nosso tempo. E
aguarda uma consolação, que seja um leve toque.
Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte, ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...
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