Final de ano é assim mesmo, período de encontros, malgrado a difícil situação em que se encontra o nosso país. Nosso grupo é de 1970, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. A reunião deu-se no salão de festas do prédio do Guru, como era chamado o Mario. Naquele tempo reabrimos o CEUPES, Centro Acadêmico das Ciências Sociais. Tempo de ditadura, falta de liberdades. Conversamos sobre os velhos e os novos tempos, jogamos bola, com uma contusão no joelho Carlos Roberto Jordon. Eromar deve lançar um novo livro em março. Parece que chama-se O Língua, uma reflexão do Brasil no início de sua colonização, e a consequencia para os índios. Assim passamos a tarde. Franguinho na panela. Um domingo de paz e reencontro.
Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte, ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...
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