Final de ano é assim mesmo, período de encontros, malgrado a difícil situação em que se encontra o nosso país. Nosso grupo é de 1970, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. A reunião deu-se no salão de festas do prédio do Guru, como era chamado o Mario. Naquele tempo reabrimos o CEUPES, Centro Acadêmico das Ciências Sociais. Tempo de ditadura, falta de liberdades. Conversamos sobre os velhos e os novos tempos, jogamos bola, com uma contusão no joelho Carlos Roberto Jordon. Eromar deve lançar um novo livro em março. Parece que chama-se O Língua, uma reflexão do Brasil no início de sua colonização, e a consequencia para os índios. Assim passamos a tarde. Franguinho na panela. Um domingo de paz e reencontro.
Será uma paz armada, amigos, Será uma vida inteira este combate; Porque a cratera da ... carne só se cala Quando a morte fizer calar seus braseiros. Sem fogo no lar e com o sonho mudo, Sem filhos nos joelhos a quem beijar, Sentireis o gelo a cercar-vos E, muitas vezes, sereis beijados pela solidão. Não deveis ter um coração sem núpcias Deveis amar tudo, todos, todas Como discípulos D'Aquele que amou primeiro. Perdida para o Reino e conquistada, Será uma paz tão livre quanto armada, Será o Amor amado a corpo inteiro. Dom Pedro Casaldáliga
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