Tenho notado um forte ranço racista neste causo da entrada "ilegal" de haitianos no Brasil, via fronteiras do oeste do país.
Até o Governo estabeleceu um critério de entrada, supostamente para inibir os chamados coiotes que ganham transportando estes abandonados de lá para cá, pátria da esperança.
Desconfio, entretanto, que o Governo Dilma encarnou uma certa aversão geral, que notei aqui em Sampa.
Triste, porque é um Governo que levanta bandeiras populares.
A questão é que o Brasil tem tradição de acolhida de vários povos, que formaram o chamado brasileiro, um tipo genérico impermeável a preconceitos, porque integra uma diversidade de raças.
Mas o mundo está vivendo um surto de nacionalismo racista, principalmente na Europa, mas lembrando que os EUA também tem o seu Muro da Vergonha com o México.
É um fenômeno, portanto, mundial, onde a retração econômica gera um fechamento muito grande aos estrangeiros.
Vi pela TV, que prefeitos de cidades do Acre, onde os haitianos estão alojados, deram passagens para eles irem à outras cidades, atitude muito parecida com aquelas feitas para com os mendigos e o povo de rua.
Assim, "resolve-se" o problema da imigração ilegal, na verdade uma transferência de uma situação que não se deseja enfrentar.
Ouvi de entrevistas junto a lojistas da região, palavras de rejeição à vinda deles, eivadas de comparação com "os nossos pobres" que não tem oportunidades, "inchando" o grupo dos pedintes(sic).
Como se eles ajudassem os "nossos" necessitados.
Na realidade é uma rejeição aos pobres, na suposição de que eles não gostam de trabalhar.
Não vêem que a miserabilidade é o limite máximo do abandono que um ser humano pode chegar.
À propósito, empresários da região norte afirmam que os haitianos contratados por eles são bem dedicados. É compreensível esta atitude, tendo-se em conta a ausência de oportunidades em sua terra natal.
É de se ressaltar a presença solidária da Igreja Católica, tanto em termos de acolhimento, com alojamentos e alimentos, quanto com orientações.
Escutamos histórias muito tristes, de como estes imigrantes foram lesados durante o caminho e sofreram nesta aventura do Haiti até a fronteira norte do país.
É preciso que a sociedade brasileira desenvolva um movimento solidário aos haitianos, senão ficaremos ausentes como foi com os bolivianos, e muitos andinos que vieram para cá, e aqui encontraram uma situação de semi-escravidão, em pequenas confecções de fundo de quintal.
O Brasil deve dar exemplo de solidariedade internacional, diferentemente dos EUA e da Europa, preocupados apenas com seus umbigos.
Até o Governo estabeleceu um critério de entrada, supostamente para inibir os chamados coiotes que ganham transportando estes abandonados de lá para cá, pátria da esperança.
Desconfio, entretanto, que o Governo Dilma encarnou uma certa aversão geral, que notei aqui em Sampa.
Triste, porque é um Governo que levanta bandeiras populares.
A questão é que o Brasil tem tradição de acolhida de vários povos, que formaram o chamado brasileiro, um tipo genérico impermeável a preconceitos, porque integra uma diversidade de raças.
Mas o mundo está vivendo um surto de nacionalismo racista, principalmente na Europa, mas lembrando que os EUA também tem o seu Muro da Vergonha com o México.
É um fenômeno, portanto, mundial, onde a retração econômica gera um fechamento muito grande aos estrangeiros.
Vi pela TV, que prefeitos de cidades do Acre, onde os haitianos estão alojados, deram passagens para eles irem à outras cidades, atitude muito parecida com aquelas feitas para com os mendigos e o povo de rua.
Assim, "resolve-se" o problema da imigração ilegal, na verdade uma transferência de uma situação que não se deseja enfrentar.
Ouvi de entrevistas junto a lojistas da região, palavras de rejeição à vinda deles, eivadas de comparação com "os nossos pobres" que não tem oportunidades, "inchando" o grupo dos pedintes(sic).
Como se eles ajudassem os "nossos" necessitados.
Na realidade é uma rejeição aos pobres, na suposição de que eles não gostam de trabalhar.
Não vêem que a miserabilidade é o limite máximo do abandono que um ser humano pode chegar.
À propósito, empresários da região norte afirmam que os haitianos contratados por eles são bem dedicados. É compreensível esta atitude, tendo-se em conta a ausência de oportunidades em sua terra natal.
É de se ressaltar a presença solidária da Igreja Católica, tanto em termos de acolhimento, com alojamentos e alimentos, quanto com orientações.
Escutamos histórias muito tristes, de como estes imigrantes foram lesados durante o caminho e sofreram nesta aventura do Haiti até a fronteira norte do país.
É preciso que a sociedade brasileira desenvolva um movimento solidário aos haitianos, senão ficaremos ausentes como foi com os bolivianos, e muitos andinos que vieram para cá, e aqui encontraram uma situação de semi-escravidão, em pequenas confecções de fundo de quintal.
O Brasil deve dar exemplo de solidariedade internacional, diferentemente dos EUA e da Europa, preocupados apenas com seus umbigos.
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