Deplorável assistirmos a destruição das liberdades de expressão e de culto no Egito.
Esta "revolução" retrocede os desejos iniciais dos jovens, que queriam oportunidades de empregos, trabalho.
Agora se implanta o fascismo religioso de Estado, discriminando e condenando outras religiões mais do que na época de Moubarack, como é o caso dos cristãos coptas, mais antigos no Egito que os islamitas.
Não se tem direitos de herança, e existe condenação se ocorrer conversão ao cristianismo. As mulheres perderão direitos básicos.
É mais um Estado fundamentalista islâmico, que atinge em cheio a chamada democracia laica.
Seguindo o figurino da CIA e do Pentágono, que desejam criar um ambiente belicoso que deflagre um grande conflito armado, o Egito vai compondo a geopolítica de cerco a Israel, para alegria dos fabricantes de armamentos, que não estão nem aí sobre a posição dos atores, desde que façam guerra.
Somente uma guerra de grandes proporções, à partir do Oriente Médio, poderá por fim à grande crise do capitalismo.
O cenário está sendo armado. Falta a Síria.
Leia matéria retirada da Prensa Latina
Um dos altos cargos da Irmandade Muçulmana egípcia, Sobhi Salé, afirmou nesta quinta-feira que o partido Liberdade e Justiça aplicará a Chariá no país e proibirá o consumo de álcool, segundo indica o diário egípcio Al-Masry al-Youm.
O álcool será proibido, já que "o turismo não significa nudez nem bebedeiras". "Nós egípcios somos um povo religioso e não precisamos isso", disse um porta-voz da organização integrista ganhadora do primeiro turno das eleições egípcias.
Salé precisou que a aplicação da Chariá "estava planificada desde 1928" e que "o Islã é a solução". Ainda afirmou que se proibirá o álcool, já que "o turismo não significa nudez nem bebedeiras".
Por último, acusou os "restos" do regime de Hosni Mubarak de incitar à violência contra manifestantes no Cairo, sendo apoiado por um de seus correligionários, Jaled Ouda, que apontou que estes querem prejudicar a economia para que o povo "culpe a Irmandade Muçulmana", quando não tiver dinheiro para pagar os salários, uma vez chegue ao governo.
De outro lado, fontes da Irmandade Muçulmana asseguraram que o movimento está planejando incluir jovens "revolucionários" no sistema político para estabelecer um contrapeso e evitar a realização de manifestações contínuas.
A Irmandade Muçulmana foi a força mais votada na primeira parte das eleições em curso no Egito, com 40%, seguida da organização religiosa mais extremista ainda Al-Nour (salafistas), com 20%. Um bloco liberal atingiu 15% e os restantes 25% foram repartidos por diferentes forças minoritárias de esquerda.
Com informações da Prensa Latina
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