O que sobrou
daquele encantamento
que prendia os olhos,
e o galho de árvore
que servia de balança
quando caminhava
para a escola?
O que ficou
daquela juventude,
das peladas,
a família reunida?
E os sonhos
onde estão
com suas
mágicas
de transformar
a vida,
vocês tem notícia?
Pedaços de vida
despregam-se
sem gravidade.
despedindo-se
distraidamente
em rotas
transcendentais.
Os amigos
foram descendo
em várias estações:
a ideológica
a profissional
familiar,
etária
tantas quantas
separações existirem.
Nunca mais foram
encontrados,
senão por um deslise
do tempo.
Talvez colidam-se
em alguma
derradeira
realização,
a realização
das realizações.
Talvez se percam
mesmo
e tudo não seria mais
do que vapor
e matéria
em mutação
indefinível.
Alguém
lança
uma pergunta
aqui e acolá,
mas a maioria
sequer se
da conta
disto
que já esqueci.
Até este poema
está por terminar...
João Paulo Naves Fernandes - 26/04/2015
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