AUSÊNCIA




Os dias passam...
Vem uma manhã
            uma tarde
                  anoitece.

aguardo...

Passam vagarosamente

e aguardo...

Vejo horizontes
que esperam
um esforço coletivo
que leva séculos
para parir

aguardo...

Qual a velocidade
de meus sonhos
mortos no tempo.

Passam
e parece
que não passam...

Pasmo
imóvel
observo
este devir
que não vai...

como se tudo
fosse uma foto
fóssil
paralítica.

Expectador
de mim
disfarçado
de presente...

João Paulo Naves Fernandes​.

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