Pular para o conteúdo principal

Movimentos Populares se reúnem no Vaticano para terceira edição



Francisco participa do II Encontro dos Movimentos Populares, na Bolívia - AP

29/10/2016 11:36

Cidade do Vaticano (RV) – Realizou-se na sexta-feira (28/10), na

Sala de Imprensa da Santa Sé, a coletiva de apresentação do III

Encontro Mundial dos Movimentos Populares, que terá lugar no

Vaticano de 2 a 5 de novembro e será coroado com uma audiência

com o Papa Francisco.



Presidiram a coletiva de imprensa Dom Silvano Maria Tomasi,

Secretário-delegado do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, e

Juan Grabois, consultor do mesmo organismo e cofundador do

Movimento dos Trabalhadores Excluídos e da Confederação da

Economia Popular.

Os Encontros Mundiais dos Movimentos Populares são um projeto

lançado pelo Papa  para dar voz aos que trabalham com as

populações carentes do planeta. O evento reunirá cerca de uma

centena de Movimentos e Organizações populares do mundo

inteiro, além de dezenas de Bispos e agentes de vários órgãos da

Igreja Católica.

Na coletiva, Dom Tomasi realçou a intenção do Papa em

“sensibilizar as pessoas sobre a situação dos que vivem nas

periferias da sociedade”. “Francisco – recordou – fala de um

sistema político para integrar os excluídos, mas demonstra também

a mesma sensibilidade para com tais questões, como as que

acompanhava quando percorria as ruas de Buenos Aires”.

Por sua vez, Juan Grabois, responsável do Comitê organizador do

Encontro, explicou que “esta terceira edição pretende ajudar a

“definir propostas de ação” no campo social: o primeiro encontro,

em 2014, no Vaticano, era mais orientado ao conhecimento da

realidade; o segundo, em 2015, na Bolívia, apostou na reflexão

acerca dos desafios que preocupam os movimentos populares.

Para o responsável do Comitê, reunir os Movimentos Populares

mundiais foi a forma escolhida pelo Papa para “trazer à tona da

mídia mundial uma realidade que sofre em silêncio”. “Temos uma

quantidade enorme de Organizações, que trabalham com os mais

pobres, que não se resignam com a miséria em que muitos vivem”.

Juan Grabois frisou, por fim, a urgência de “os pobres deixarem de

ser vítimas de políticas sociais definidas, sem a sua participação,

para se tornar protagonistas de um processo de mudança, que lhes

permite o acesso aos direitos mais sagrados como a terra, teto e

trabalho”.

Movimentos brasileiros

Do Brasil, participam integrantes dos seguintes movimentos:

Conselho de Entidades Negras (Conem), Central dos Movimentos

Populares (CMP) , Movimento de Mulheres Camponesas (MMC),

Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), União Nacional Por

Moradia Popular (UNMP).

(MT/Ecclesia)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como devia estar a cabeça de Mário de Andrade ao escrever este poema?

Eu que moro na Lopes Chaves , esquina com Dr.Sérgio Meira, bebendo atrasado do ambiente onde Mário de andrade viveu, e cuja casa é hoje um centro cultural fechado e protegido a sete chaves (que ironia) por "representantes" da cultura, administrada pela prefeitura... Uma ocasião ali estive, e uma "proprietária da cultura" reclamou que no passado a Diretoria da UBE - União Brasileira de Escritores, da qual fiz parte,  ali se reunia, atrapalhando as atividades daquele centro(sic). Não importa, existem muitos parasitas agarrados nas secretarias e subsecretarias da vida, e quero distância desta inoperância. Prefiro ser excluído; é mais digno. Mas vamos ao importante. O que será que se passava na cabeça do grande poeta Mário de Andrade ao escrever "Quando eu morrer quero ficar". Seria um balanço de vida? Balanço literário? Seria a constatação da subdivisão da personalidade na pós modernidade, ele visionário modernista? Seria perceber São Paulo em tod...

O POVO DE RUA DE UBATUBA

 Nos feriados, a cidade de Ubatuba dobra o seu número de habitantes. Quando isso acontece, logo retiram os moradores em situação de rua, de seus locais, porque consideram que estes prejudicam a "imagem" da cidade. A questão é que os moradores de rua somente são lembrados quando são considerados prejudiciais à cidade. Não existe em Ubatuba uma política de valorização do povo de rua, capaz de diagnosticar o que impede eles de encontrar saídas dignas para suas vidas. Não existe sequer um local de acolhimento que lhes garanta um banho, uma refeição e uma cama. Saio toda semana para levar comida e conversar com eles.  Alguns querem voltar a trabalhar, mas encontram dificuldade em conseguir, tão logo sabem que eles vivem na rua e não possuem moradia fixa. Outros tem claro problema físico que lhes impede mobilidade. Outros ainda, convivem com drogas legais e ilegais.  O rol de causas que levaram a pessoa viver na rua é imenso, e para cada caso deve haver um encaminhamento de sol...

PEQUENO RELATO DE MINHA CONVERSÃO AO CRISTIANISMO.

 Antes de mais nada, como tenho muitos amigos agnósticos e ateus de várias matizes, quero pedir-lhes licença para adentrar em seara mística, onde a razão e a fé ora colidem-se, ora harmonizam-se. Igualmente tenho muitos amigos budistas e islamitas, com quem mantenho fraterna relação de amizade, bem como os irmãos espíritas, espiritualistas, de umbanda, candomblé... Pensamos diferente, mas estamos juntos. Podemos nos compreender e nos desentender com base  tolerância.  O que passo a relatar, diz respeito a COMO DEIXEI DE SER UM ATEU CONVICTO E PASSEI A CRER EM JESUS CRISTO SEGUINDO A FÉ CATÓLICA. Bem, minha mãe Sebastiana Souza Naves era professora primária, católica praticante,  e meu pai, Sólon Fernandes, Juiz de Direito, espírita. Um sempre respeitou a crença do outro. Não tenho lembrança de dissensões entre ambos,  em nada; muito menos em questões de religião. Muito ao contrário, ambos festejavam o aniversário de casamento, quando podiam, indo até aparecida d...