Meus potenciais
despedaçam
despedaçam
escondidos...
Soletram
letras
não escritas,
assobiam
cantos novos
distraídos.
Vida
que transborda,
desperdiça
A noite
cria
espaços
desprezados
em rítmo
próprio,
só para
provocar
a humanidade
adormecida.
O tiro
que não dei
ressoa
em dúvidas
de valores,
estampido
de destinos.
O beijo
desejado
comprime
os sonhos
de suas
realizações
A morte
circunda
o sentido
das coisas
perguntando
o significado
do nada.
Resta
ao amor
recompor
o elo
desfeito
em clave
de Sol.
Por isso canto
a primavera
das flores,
o corpo,
que repousa
distraído,
os versos
que se
perderam
para sempre.
Quem sabe
noutra vida,
completa,
noutro
campo,
outra
pátria,
possa
dizer
tudo
enfim
do que
ficou
por fazer.
Quem sabe
também
isso
já
não
será
necessário.
Comentários
Postar um comentário