O SEM FIM ENFIM (breve reflexão crônica do Natal)

Agora é hora de silêncio!

Palavras 
são palavras.
perdem
sentido.

Dormem
o sono 
da História.

Não importam mais!
Voam, e voam
mal explicam 
o porto
o mar seco
a pesca impossível. 

Um parto descortina
 o infinito 
o particular 
o tangível 
 o mistério
eu no nós
nós. 

A Lua desperta 
 o Sol dorme. 

Trajetos repetem-se iguais...

Dizem viver

Hora de silêncio...

O avaro não sabe, 
reis desconfiam.
opressores desprezam,
como sempre. 

Luz escura
face interna 
cumprimenta 
a morte,
mata a morte. 

Vale viver...  

Festejos 
tornam-se 
crimes 
de omissão,
 casamentos
celebram  
egoísmos,  
enterros 
agonizam
vivos.

Ainda silêncio.

É preciso 
sentir
 o toque,
olhar 
por dentro,  
 a invisível 
intimidade
que mora
do lado 
por dentro 
da lógica
ressentida
do esquecimento

Hora de utopias.

É fora de hora!  

Grito 
manso 
e poder 
aflito, 

Amor 
 fim
último,
coletivo,
educação
caminho. 

O sem fim enfim. 

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