SOTURNO

 


Meus pensamentos despertam 

muito antes de mim, 

observam a linguagem da noite.


Meus sentimentos sequer dormem, 

passeiam livres...

repensam o passado, 

ora adentrando campos proibidos 

controlados pelo tempo,

ora recordando 

arestas petrificadas, 

sempre vêm à tona, 

em repetidas correções,

martelam...


Olho-os criticamente 

enquanto observam 

e passeiam 

no repouso.


Não durmo mais...

noite de mim.


O tempo não perdoa os passos...


Meus sonhos são raros, 

trazem enigmas longínquos.


Desperto, 

vivo a decifrá-los

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