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Inabilidade e falta de carisma desconstroem campanha de Haddad

Foto: Nesta quinta, Fernando Haddad participa de debate na Arquidiocese de São Paulo. O debate será transmitido no site da Arquidiocese. http://arquidiocesedesaopaulo.org.br/



É inacreditável como Haddad e o seu staff político ficaram imóveis a toda sorte de campanha de desgaste encetada por Serra. Fizeram relação de Haddad com o "mensalão", associando-o com os réus que estão sendo condenados.
O resultado não poderia ser outro: Haddad cai nas pesquisas e Serra se habilita para ir ao segundo turno contra Russomano, que voltou a crescer.
Haddad se fez de bom mocinho, que não faz acusação contra os seus adversários, calando-se enquanto era enxovalhado.
Agora, faltando 15 dias praticamente para as eleições, parece que acordou. Pode ser tarde, porque o eleitorado tem o seu momento de decisão do voto.
Haddad não empolgou. Não se fabrica político em véspera de eleições. O PT terá de aprender que se deve respeitar a representação partidária, sem impor candidaturas que não ocupem com sua influência os aparelhos partidários.
Agora, os setores progressistas terão pela frente uma "dupla dinâmica", Batman e Robin, Serra e Russomano, dois lados da mesma moeda, lógico, com desenhos diferentes.
Se esta alternativa se concretizar, o que parece que se avizinha, certamente não ficarei com o voto nulo. Não sei anular o voto. Provavelmente seguirei Russomano, ainda que veja nele um aventureiro. De alguma forma ele se alinhará mais com Dilma. É que não aguento mais ver tucanos gralhando em meus ouvidos, apesar do Edir Macedo, da exploração da morte da primeira mulher, do caráter fantasioso de falso xerife, enfim, apesar de tudo.
Meu filho é um irredutível voto nulo. Compreendo-o cada vez mais, mas tenho que acreditar no sistema democrático, com todos os seus limites e falhas. Conheço o outro lado, o da impostura, do autoritarismo.

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