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A capital paulista pode ficar sem água até novembro



A população de São Paulo pode se preparar para enfrentar uma das maiores crises hídricas da história. Novembro é o prazo dado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para que termine a água captada do “volume morto”, um reservatório emergencial colocado em atividade no dia 15 de maio.


Reprodução
A Sabesp já  pediu autorização para retirar mais 100 bilhões de litros da reserva profunda para evitar o racionamento de água generalizadoA Sabesp já  pediu autorização para retirar mais 100 bilhões de litros da reserva profunda para evitar o racionamento de água generalizado
O jornal Olho Crítico, uma publicação da CTB, denunciou essa situação em sua edição de junho, na matéria: Água em São Paulo pode durar até novembro. Na opinião do governador Geraldo Alckmin, a culpa é da população e do desperdício. Para especialistas, a situação é consequência da falta de investimentos do governo tucano no setor.

Pior cenário em 84 anos
Em crise, o Sistema Cantareira registrou em junho novo recorde negativo. Foi o mês mais seco do principal manancial paulista em 84 anos de medição, superando maio deste ano.

Com o mês mais seco de sua história, o Cantareira registrou em junho um déficit de 16,5 mil litros por segundo, o que representa uma redução de aproximadamente 43 bilhões de litros do sistema, ou 4,2 pontos porcentuais no nível de armazenamento. O recorde anterior era de maio, com vazão afluente de 7,3 mil litros por segundo. Ontem, o manancial estava com 20,6% da capacidade, segundo a Sabesp, já considerando os 182,5 bilhões do chamado "volume morto", reserva profunda.

No início do mês passado, a Sabesp informou ao comitê que no pior cenário de chuvas possível para os próximos meses essa parcela do "volume morto" do Cantareira pode acabar em 27 de outubro, um dia após o segundo turno das eleições a governador de São Paulo.
Diante dessa possibilidade, a companhia já solicitou à ANA e ao Daee autorização para retirar mais 100 bilhões de litros da reserva profunda para evitar o racionamento de água generalizado. O pedido divide os órgãos gestores.

O presidente da ANA, Vicente Andreu, já se manifestou contrário ao pleito da Sabesp, que comprometeria 70% dos de 400 bilhões de litros do "volume morto". A precaução deve-se ao fato de que a situação do Cantareira está pior do que o previsto no cenário mais pessimista da Sabesp, que considerou vazão afluente equivalente a 50% da mínima histórica.

A Sabesp afirma que foi obrigada pelo comitê "a apresentar projeções muito mais pessimistas". Mas reitera que o volume disponível no sistema é suficiente para manter o abastecimento sem rodízio oficial.


Fonte: CTB

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