domingo, 9 de dezembro de 2018

Encontro entre velhos amigos

Final de ano é assim mesmo, período de encontros, malgrado a difícil situação em que se encontra o nosso país. Nosso grupo é de 1970, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. A reunião deu-se no salão de festas do prédio do Guru, como era chamado o Mario. Naquele tempo reabrimos o CEUPES, Centro Acadêmico das Ciências Sociais. Tempo de ditadura, falta de liberdades. Conversamos sobre os velhos e os novos tempos, jogamos bola, com uma contusão no joelho Carlos Roberto Jordon. Eromar deve lançar um novo livro em março. Parece que chama-se O Língua, uma reflexão do Brasil no início de sua colonização, e a consequencia para os índios. Assim passamos a tarde. Franguinho na panela. Um domingo de paz e reencontro.

sábado, 8 de dezembro de 2018

Pedras e mãos

Ponho-me impotente
diante de sonhos esquecidos.

Nem ressoam tambores
Nem acendem esperança.

Estão vivos,
Mas permanecem
Aguardando
Uma chamada
Da História...que não chama.

Os dias passam
Assistindo
Horrorizados
Xingamentos
Misturados
A delações
Em verniz
Legal,
"Democrático".

Ah se eu chorasse
Mas não posso
Nem devo
Mostrar
Fraqueza
Neste
Instante,
Véspera
Da morte.

Um dia
Quem sabe
As praças
Voltam a ser
Praças.
E o sorriso
Seja
Novamente
Liberado
Do seu crime
De ser natural.

Enquanto isto
Mantenha-se
Atento!

Não provoque!
Esqueça.

Um Brasil adernando imprevisivel

Estamos vivendo tempos de profunda intolerância política, racial, social e de gênero. "Purismo"religioso, radicalismo de direita crescente, liberalismo econômico, tendências autoritárias manifestas, tudo se soma num amálgama que não se sustenta. Não resolve, e não deixa prosperar outra forma. Tudo aponta para a formação incipiente de fascismo, que ainda levará algu a anos até conformar-se ideologicamente. Por enquanto, toma emprestado o neoliberalismo e o fundamentalismo religioso até exercer dominância em alguma nação, para daí se irradiar pelo mundo. Porque a crise não passa, e as instituições não respondem à questão social, e a democracia vai se tornando um impeditivo destas tendências.

ONDE TE ESCONDES?

  Onde escondi  os versos  que não recitei,  o coração  que não guardei,  quando passavas  por mim? Explodiam  como loucos,  desordenados,  ...