Minha humanidade
se ressente
de transgressões.
Enquanto
me apuro
me aturo,
resistindo
aos desejos
roubando
beijos.
Humanidade
comprada
a preço
de ouro,
guardada
em campo
seco.
Um outro eu.
aprisionado,.
clama
na parte
de baixo,
conquistas
suspensas
que perseguem
no tempo,
envelhecem
e teimam.
desfilam
e desfilam..
.
Minha humanidade
não ejacula mais,
não se apresenta forte,
não domina.
Vai como um regato
escondido na mata,
serpenteando
ousadias
e arroubos...
Vai morrendo
em sonhos
proibidos,
filtrados
em docilidade
e mansidão.
Quanto mais
agoniza,
mais
se perdoa,
não ousa.
Mas morre,
nos olhos,
na boca,
no contido afeto,
das mãos
de ordens
unidas.
Pobre humanidade,
transplantada
na vida;
em julgamento
permanente
contendo
a natureza
como ela
é.
Ponho
os pés
à frente,
e os olhos
puxam
de lado.
Ando
um trajeto
em freios,
adernando
para cá
para lá.
Cumprimento!
Esquadrinho
de cima
a baixo.
Abraço,
apalpo.
Qual de mim
vencerá?
A verdade
ou o monte
dos desejos..
Eu ou ele?
Um nós?
Um nó?
João Paulo Naves Fernandes
07/09/2019
João Paulo Naves Fernandes
07/09/2019
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