Tenho o descompasso
de amar
desenfreadamente
em embutir
desajeitado
a lei no amor.
Os cabelos brancos
celebram
esta permanência,
porque o belo chama,
chama eterna
a confundir
estruturas.
Canto as sereias
submersas
as despedidas
sempre presentes,
persistente.
Traço caminhos
alternativos
a terras
não descobertas
povos adormecidos
ônibus sem destino
lotados.
Segue junto
um descaso
sério e mudo
que não muda
nem fala,
apenas fita
o poente
João Paulo Naves Fernandes.
28/07/2020
09H54
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