Deixo consignado
o silêncio.
Ele
opõe-se
ao volume
de informações
inúteis.
Chama a nada
e nada é chama.
Pratica
a compreensão
do olhar,
guarda da palavra;
deixando-a submersa,
sintonia gráfica
das grandes torrentes,
irrefreável.
Quando o céu abrir-se
olhos absortos,
quem sabe
as palavras fujam
de seus esconderijos recônditos
explodam gratuitas
desfazendo as lógicas
da grande ordem.
Assim a vida mostrará
sua graça novamente
entrelaçando letras
viajando
livres conhecimentos
amorosas declarações
palavras novas...
Uma torrente aguarda
as fontes secas,
sedenta...
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