A velhice é um demorado Adeus.
Uma despedida
começa ao redor,
quando as amizades
simplesmente diminuem,
até ficarem poucas,
quase nenhuma
Passos ficam lentos,
voz mais refletida,
que exercida,
vive-se mais dentro.
As novidades
são antigas,
permanecem,
passam por fora.
Vive-se um mundo
que já não existe.
Aprende-se
a angústia
de ser só.
Segue-se um périplo,
silencioso,
até tudo se acalmar
com sua ausência,
logo esquecida,
ainda em vida
Uma paz acompanha
a revisão do caminho
trilhado,
ora orgulhando,
ora penitenciando.
No fim,
em avaliação,
prevalece a compreensão
do perdão ilimitado,
a nós que não nos perdoamos.
O quanto se tangenciou
na vivência escatológica
trará maior ou menor
aceitação da grande viagem.
Caminho do tempo,
caminho de formação.
Continuarei o aprendizado depois,
ou já não haverão novidades?
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