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Mostrando postagens de outubro, 2025

REINVENTAR

Tempo de se reinventar,  descobrir-se limitado  para sua época.  Deixar de ser o mesmo,  para tornar-se outro  do que é e faz. Obrigado a redescobrir-se  de sua nudez,  repensar meios,  otimizar trajetos. Porque existe  um mundo de cobranças,  que ultrapassa  constantemente  nossas capacidades,  difícil acompanhar,  estar à frente... é para poucos. Há um evoluir diário  que vai descartando  relações, processos,  produtos,  carreiras,  até hábitos,   numa voracidade ímpar. Quando vemos,  é como  se convivêssemos em mundos paralelos. Assim o percurso  torna-se uma corrida,  a vida uma Olimpíada,  nosso tudo  um nada Em outras dimensões  também,  de alguma forma,  precisamos redescobrir-nos. Guardamos capacidades  para todas as possibilidades,  desafiamo-nos  diante da vida e do mundo,  sempre arrancando cascas... impedem ...

MEDITANDO

  A vida é uma permanente surpresa,  traz alegrias e dores juntas,  desafia nossa paz  enquanto caminhamos. A montanha não termina seu escalar,  íngreme desafio de todos os dias.  O Sol cobra a obrigação de vencer.  Às vezes nos expomos,  outras vezes nos escondemos.  Nunca satisfeitos buscamos transcender. Muitos nada cogitam,  prendem-se em varais,  ganham vida à mercê  dos ventos quentes  que sopram vindos do mar.. O tempo é incerto,  não sabemos quando se acaba,  para de contar os anos,  os dias,  num eterno esperar. Observo  em meditação solitária  este universo humano,  e guardo o amor  como uma ponte

PORVIR

  As novas realidades  absorvem e somam,  dividem o tempo,  os trajetos...  são espaços estendidos  de nós próprios,   enquanto agimos. Tornam-nos repartidos e expatriados  de vários projetos. Abraçamos inalcansáveis sonhos  de um mundo novo,  a construir. Permanentemente ilimitados,  habitamos umbrais legados  de gerações e civilizações. Fazemos tudo novo,  desconhecidos da História,  descontentes da herança.  Lançamos bandeiras novas  diante da milenar dominação  e encerramos a vida  sem ver o porvir.

Trazido pelo amigo Ivan Vilela

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  Às vezes me vejo  neste barco inclinado  na areia à beira mar. Alega os anos... não sabe estar  longe do oceano.  Deixo a proa  preparada para as ondas  Chacoalho antes que venham...

DISTANTE

  Tão grande a distância, vácuo profundo... olhos semi abertos  semi cerrados,  encerrados, escuro profundo,  alvorecer diurno. Obra sempre incompleta  de algo ou alguém,  não se define  não se percebe  não alcança. A vida se descobre  nos limites,  angústia de irrealizacões,  sonhos permanecem  se desfazem Inalcansavel amanhecer Interminável poente.

LINHA SOLTA

  Puxo uma linha  no decorrer do dia. suspensão do real,  descobertas fortuitas  que afloram. Hiato se faz  da continuidade ociosa,  trazendo presentes  esquecidos no tempo Sem contratempo  ponho-me a indagar  se o transcender em si  já nao é um ato  de se salvar. Porque os olhos procuram  permanentes saídas  nas flores  aromas,  verdes mares,  olhares. Busca que rebusca  o que não vê   no que vê,  cegueira,  realidade proscrita. Há uma linha solta em mim,  em algum poço profundo,   que me faz pescar...

OPOSTOS

  O que eu quero não digo,  busco abrigo Não sou quem digo,  sou maldito. Não falo o que sei Calo o que pensei. Tenho o beijo guardado desejo que almejo.  O tempo desfaz a desfaçatez incapaz.  Vou como quem disfarça. em meio a farsa. Meu tino é desatino chegada de destino. Caminho de desencontros,  opostos que se encontram