AMÁLGAMA
Deixei os dedos
desenharem teu corpo,
descobriam o sono eterno
das grandes distâncias
a serem percorridas.
Aos poucos
tornou-se um canto oculto,
vindo por sobre os montes,
sem origem.
Seu fremir
semi enlutado
venceu as horas,
lânguido despertar
das serpentes.
Tremeu a Terra,
inebriou-se o ar
de um perfume novo.
Deste encontro
de peles e beijos
nos desaparecemos
do mundo.
Encontrou-nos o dia,
estranhando a força
com que deslizamos
os espaços disponíveis...
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